Relator da ação que pede a cassação da presidente Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro João Otávio de Noronha afirmou nesta quinta-feira (6) que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF ) o compartilhamento de provas do esquema de corrupção da Petrobras.
Noronha, que é corregedor-geral eleitoral, quer acesso ao acordo de delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, com o Ministério Público Federal. O ministro vai solicitar ainda que Pessoa seja autorizado a colaborar com a Justiça Eleitoral e deponha na ação.
Base “derrete” e expõe Dilma a derrotas na “pauta-bomba” e a risco de cassação
PDT e PTB deixam o grupo de partidos aliados na Câmara. E deputados aprovam projeto que aumenta gastos em R$ 2,5 bi
Leia a matéria completaNo mês passado, o TSE acabou suspendendo o depoimento do dono da UTC, apontado como chefe do cartel de empreiteiras investigadas na Lava Jato, porque sua delação ainda está sob sigilo.
“Não pode ter sigilo para a própria Justiça, isso está equivocado. Se for o caso, eu decreto sigilo sobre essa parte da prova. A ação penal não é mais importante do que a eleitoral. Tudo é Justiça”, afirmou.
O ministro voltou a afirmar que não bastam os depoimentos, mas terão que ser produzidas provas pelos partidos de oposição que pediram a perda do registro de Dilma e de seu vice, Michel Temer. “Vou pedir ao ministro Teori Zavascki [do STF] para compartilhar a prova e daí em diante não basta juntar, cabe ao PSDB promover as provas. Estas e outras”, disse o ministro.
Em sua colaboração com o Ministério Público, Pessoa disse que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma por temer prejuízos em negócios com a Petrobras. O montante foi declarado à Justiça Eleitoral.
Na ação contra Dilma, a oposição sustenta que a petista deve deixar o comando do país porque as campanhas do PT teriam sido financiadas com dinheiro de corrupção na Petrobras. Outros argumentos utilizados por partidos de oposição, puxados pelo PSDB, é que o governo segurou divulgação de dados oficiais durante as eleições e fez pronunciamentos em cadeia de rádio e TV para promover a candidata.
Já foram ouvidos nessa ação o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef o ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Herton Araújo.
Mensagens da equipe de Moraes contra Allan dos Santos prejudicam ainda mais pedido de extradição
Petição pública para impeachment de Moraes passa de 1 milhão de assinaturas
Três poderes fazem acordo das emendas e o novo plano de Lula; acompanhe o Entrelinhas
PL nacional quer anular convenções em que o partido se coligou ao PT no Paraná
Deixe sua opinião