O relator do Orçamento da União, senador Gim Argello (PTB-DF) teria destinado parte de suas emendas individuais para entidades fantasmas, segundo reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S.Paulo" na edição deste domingo (5). De acordo com o jornal, ao menos R$ 1,4 milhões teriam sido encaminhados a institutos fantasmas por meio de emendas do senador.
O portal G1 procurou o senador para falar sobre o assunto e aguarda retorno. A assessoria do parlamentar afimou que ele estava viajando. Ao jornal, Argello afirmou que apesar de destinar recursos aos institutos, não costuma "conhecê-los de perto". Segundo ele, o acompanhamento de recursos públicos é feitos "pelos órgãos competentes".
De acordo com a denúncia, pelo menos R$ 3 milhões dos cofres públicos teriam parado nas contas de um jardineiro e de um mecânico, usados como laranjas no esquema de corrupção. Segundo a reportagem, os institutos fantasmas que receberam os recursos repassam o dinheiro para empresas também fantasmas, por meio de contratos superfaturados. Destes valores, quase metade teria chegado a conta das entidades fantasmas por meio de emendas do senador.
Segundo a reportagem, o esquema tem início com a destinação do recurso por meio de emendas do senador. Após liberado, o dinheiro é destinado para um instituto fantasma, que logo em seguida repassa a verba para uma empresa de marketing, que teria endereço falso e nome de laranja. As emendas de Argello constam em rubricas do Ministério do Turismo e da Cultura que, segundo o jornal, não costumam fazer a checagem presencial da prestação de contas dos serviços.
A reportagem do "O Estado de S.Paulo" localizou, na cidade de Águas Lindas de Goiás (GO), o jardineiro Moisés da Silva Morais, que seria um dos laranjas no esquema de desvio de recursos. Segundo o jornal, Moraies aparece como sócio de uma empresa que faturou R$ 3 milhões. Para colocar o nome na empresa, o jardineiro disse que receberia R$ 500 por mês. "Eu sou laranja. Eu falei para a minha mulher que eu ia ser laranja", disse o jardineiro.
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