O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) desembarcou no Aeroporto Afonso Pena por volta das 16h deste sábado (10) e vai ficar preso em uma cela da Polícia Federal em Curitiba, berço da Operação Lava Jato.
Preso na Operação Calicute – um dos desdobramentos da Lava Jato –, sob suspeita de recebimento de mesadas milionárias de empreiteiras, Cabral estava no Complexo Penitenciário de Bangu 8, na zona Oeste do Rio. Ele foi transferido por causa de “visitas ilegais”, segundo informações da Globonews.
Entre os vizinhos de cela de Cabral na Custódia federal em Curitiba estão o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa Civil/Governos Lula e Dilma), o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
A transferência de Cabral foi requisitada pelo promotor do Ministério Público fluminense André Guilherme Freitas, que atua na Promotoria de Execuções Penais. Freitas informou o juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Criminal do Rio – que mandou prender Sérgio Cabral – que o ex-governador estaria recebendo visitas irregulares, inclusive de políticos próximos e de autoridades.
A Secretaria de Administração Penitenciária nega procedimentos irregulares.
No Rio, o peemedebista já é réu em ação penal por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa – delatores informaram a Procuradoria da República e a PF que Cabral recebia mesadas de até R$ 500 mil da Carioca Engenharia e de R$ 350 mil da Andrade Gutierrez.
Em Curitiba, ele é alvo de inquérito por suspeita de recebimento de propinas nas obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), atrelado à Petrobras. A base da Lava Jato é o esquema de propinas e cartelização na estatal petrolífera.
O ex-governador foi alvo de dois mandados de prisão, um expedido pelo juiz Bretas, o outro pelo juiz Sergio Moro, símbolo da Lava Jato.
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