O governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), joga nesta quinta-feira (4) suas últimas fichas para sair da cadeia com o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) sem renunciar ao mandato. Os ministros da Corte, que votam à tarde o pedido de habeas-corpus dele, receberam na quarta-feira (3) um documento assinado por Arruda em que ele se defende das acusações e assume o compromisso de manter-se, em caso de soltura, licenciado do cargo até o fim das investigações.
A mesma promessa foi feita em carta enviada à Câmara Legislativa. Apesar das promessas e dos argumentos jurídicos, os advogados, preparados para uma derrota no STF, já articulam os caminhos que tomarão se isso ocorrer. São duas as possibilidades imediatas: pedir a revogação da prisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pelo cárcere do governador, ou uma saída médica, em que Arruda seria transferido para uma clínica particular sob a condição de preso.
Para obter sucesso no STJ, Arruda torce para que, mesmo derrotado, receba votos a seu favor de ministros do Supremo, o que, segundo ele, facilitaria no convencimento dos magistrados daquela corte. Os ministros do STJ, que já sinalizaram que aceitam libertá-lo em troca da renúncia ao cargo, não recebem com simpatia a proposta de uma "licença até o fim das investigações". Arruda sabe das chances de ser libertado com a renúncia, mas ainda resiste.
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