O PT conseguiu uma vitória contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O S upremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta terça-feira (13) a suspensão da manobra desenhada pela oposição com o apoio de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que levaria a votação do pedido de impedimento da presidente para o plenário da Casa. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Ministro do STF, Teori Zavaski determinou a suspensão de qualquer processo que leve em consideração apenas o rito imposto por Cunha ou o regimento interno da Casa. O pedido foi feito pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ). Em caso de aprovação pelo plenário, seria iniciada uma investigação com prazo de 90 dias, período em que a Dilma seria afastada da presidência. Caso contrário, a decisão seria individual de Cunha, não cabendo recurso.
Planalto ameaça pedir saída de Cunha se ele optar por impeachment
Leia a matéria completaPessoas próximas à presidente acreditam que a decisão do STF é uma vitória da presidente. Dilma voltará a cobrar de seus ministros a busca de apoio no Congresso na reunião política desta terça-feira. A leitura é que Cunha pode acelerar o ritmo do processo já que está pressionado pelas denúncias apuradas pela Operação Lava Jato – suspeito de ter recebido US$ 5 milhões em propinas e de possuir contas secretas na Suíça.
Cunha deve decidir nesta semana se aceita ou rejeita vários pedidos de impeachment contra Dilma. A grande expectativa gira em torno do pedido apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
Cunha avaliou que os questionamentos feitos pelos governistas são apenas políticos. “São questões meramente de natureza política. Não vi ali natureza regimental. O rito já está mais ou menos definido”, afirmou Cunha, na ocasião. Há ainda dois outros recursos da mesma natureza que aguardam decisão do Supremo.
Oposição
Líderes da oposição reuniram-se na manhã desta terça-feira com Cunha na residência oficial do peemedebista para discutir a abertura do processo de impeachment de Dilma. Eles pressionaram o presidente da Câmara para que ele, mesmo fragilizado pelas denúncias de corrupção, assuma o protagonismo da situação e acate o pedido de impedimento apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
O encontro reuniu os líderes do PSDB, Carlos Sampaio (SP), do DEM, Mendonça Filho (PE), do PPS, Rubens Bueno (PR), do PSB, Fernando Filho (PE), da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE), além do presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), e o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
De acordo com participantes, Cunha disse apenas que pensaria na possibilidade de contrariar o acordo estabelecido originalmente. A ideia inicial era que Cunha rejeitasse o pedido de impeachment para que a oposição apresentasse recurso, que seria votado em plenário.
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