Em discurso para cerca de 1 milhão de pessoas ontem em são Paulo, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse que o trabalhador brasileiro não pagará pela crise econômica mundial. Ele condenou as empresas que receberam benefícios do governo federal e anunciaram demissões recentemente. "Nenhum trabalhador pode pagar por uma crise que os Estados Unidos criaram. Não criamos a crise e vamos ser o primeiro país a sair dela", declarou.
O ministro pediu aos empresários confiança na recuperação do país, apesar da desaceleração global da economia. "A hora não é de demitir. Os trabalhadores devem se recusar a participar de qualquer tipo de negociação que reduza os salários", afirmou Lupi, durante a festa de 1º de Maio da Força Sindical, na qual representou o presidente Lula.
Segundo ele, o governo está tomando as medidas necessárias para reduzir a taxa de juros. Para ele, embora o Comitê de Política Monetária (Copom) tenha reduzido os juros nas últimas três reuniões, a taxa ainda é alta e, por isso, a reivindicação das centrais sindicais é justa.
Lupi garantiu que o Brasil vai encerrar 2009 com saldo positivo na criação de vagas formais de emprego. Segundo ele, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril irão superar a criação de empregos registrada em março, quando houve geração de 34,8 mil vagas.
O ministro também opinou sobre possíveis mudanças no cálculo do rendimento da caderneta de poupança, medida que está sendo estudada em Brasília. "Jamais o governo vai prejudicar o pequeno e o médio poupador", declarou.
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