O vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, recebeu alta por volta das 17 horas deste sábado (22) do Hospital Santa Cruz, no bairro Batel, em Curitiba, onde estava internado desde a noite de sexta-feira (21). Ele teve uma crise hipertensiva e precisou ser removido da carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF).
No boletim médico divulgado pelo hospital às 17 horas, constava que o paciente apresentava "níveis pressóricos satisfatórios, bom estado geral, com exames dentro da normalidade". Segundo a assessoria de imprensa do Santa Cruz, minutos depois da divulgação do boletim a PF retirou do hospital o vice-presidente da empresa e por volta das 17h40 ele já estava na carceragem da superintendência.
De acordo com a PF, até o momento não houve necessidade de acompanhamento médico para Leite dentro da carceragem. Caso ele apresente novamente problemas de saúde, poderá ser novamente removido.
O vice-presidente do grupo Camargo Corrêa está preso em Curitiba em decorrência da investigação sobre a possibilidade de formação de cartel por grandes empreiteiras do país para fraudar a concorrência de contratos com a Petrobras e o pagamento de propina para políticos, dirigentes da estatal e empresários. O grupo Camargo Corrêa, que tem 67 empresas e 65 mil funcionários, faturou R$ 25,8 bilhões no ano passado.
Leite foi preso na sexta-feira passada com outras 17 pessoas. Na oportunidade, o advogado dele, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, afirmou que o executivo estava de licença da Camargo Corrêa por problemas de saúde. Reportagem da Folha de S.Paulo revelou que Eduardo Leite é citado pelo doleiro Alberto Youssef em conversas e mensagens interceptadas na Operação Lava Jato. Pelo teor das mensagens, o vice-presidente da Camargo Corrêa seria um dos executivos mais próximos do doleiro - Youssef refere-se a Leite como "leitoso" e reclama de "atrasos" de pagamentos da empreiteira.
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