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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Prisão

Bolsonaro e Clezão

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Ex-presidente Jair Bolsonaro estava em prisão domiciliar por mais de 100 dias antes de ser preso preventivamente neste sábado (22). (Foto: EFE/Andre Borges)

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A facada de Adélio Bispo faz mais estragos a cada dia no corpo de Jair Bolsonaro. Depois dela, bisturis tiveram de entrar meia dúzia de vezes, na tentativa de corrigir as aderências; mas provocaram mais cicatrizações que causam aderências, dificultando os movimentos do aparelho digestivo. O suco gástrico sobe em vez de descer e à noite tira o sono, com risco de broncoaspiração, que pode causar pneumonia. Por isso tantas hospitalizações de emergência. Os riscos aumentam a cada dia e, agora, com a imposição de vida sedentária, na limitação de um pequeno quarto na Polícia Federal, o agravamento é turbinado, com risco de infarto e AVC. É o resumo do que diz um relatório médico com 30 fontes de pesquisa. Fico pensando se não foi isso que aconteceu com Clezãoque morreu depois de muitos pedidos para ir à prisão domiciliar.

O drama que começou em 6 de setembro de 2018 ainda não encontrou soluções. Nem na apuração do crime, nem nas consequências da facada. Impossível que Adélio tenha agido sozinho, já que alguém, na Câmara dos Deputados, inventou a presença dele num gabinete de deputado, enquanto Adélio estava em Juiz de Fora. O deputado e delegado federal Alexandre Ramagem, em entrevista na Flórida, revelou que estavam num caminho importante de apurações, quando veio a desativação de seguimento da pista. O quadro de agravamento da facada foi vivido por Bolsonaro por esses sete anos. Agora o confinamento vai potencializar as sequelas. O ex-presidente corre sérios riscos.

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Onyx Lorenzoni, parlamentar por 30 anos e várias vezes ministro de Bolsonaro, seu primeiro aderente no projeto presidencial, convoca as maiores bancadas – do agro e evangélicos – a se mobilizarem por anistia. Acontece num mau momento para o governo se opor. Na Câmara, o presidente Hugo Motta se declara rompido com o líder do governo, Lindbergh Farias. No Senado, o presidente Davi Alcolumbre afasta-se do líder do governo, Jacques Wagner, porque Lula indicou Jorge Messias ao STF sem nem sequer avisar aquele que defendia a indicação de Rodrigo Pacheco.

Lula passa por outros maus momentos. A COP 30 foi tiro pela culatra; foi vitrine, sim, mas das mazelas da Região Norte, e projetou o Brasil como um país bagunçado como a reunião do clima. Os impostos continuam crescendo. Até outubro, o governo federal arrecadou R$ 2,4 trilhões dos pagadores de impostos, mas não mostrou a eles bons serviços públicos; só gastou mais do que cobrou do contribuinte; até agosto há um déficit de R$ 86 bilhões. As facções tomam conta do país e o presidente critica ações da polícia. A COP 30 revelou a Amazônia dominada por narcotraficantes nacionais e estrangeiros – além das ONGs estrangeiras habituais. As viagens ao exterior parecem uma fuga dos problemas internos que o presidente não consegue resolver. E que vão se acumulando para o ano eleitoral.

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Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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