
A grande notícia nos jornais de hoje é Jair Bolsonaro, que ficará na Superintendência da Polícia Federal. É parecido com a prisão de Lula, com um detalhe: o julgamento foi totalmente diferente. Lula teve direito de defesa, primeira instância, segunda instância, terceira instância, sempre com recursos, tentativas de habeas corpus. Só quando houve o encerramento do julgamento na segunda instância, com todos os recursos esgotados, é que ele foi recolhido a uma sala na Superintendência da PF de Curitiba, onde recebia Janja, onde todos os dias havia manifestações e vigília de apoiadores.
A sala onde Bolsonaro está parece ser menor que a de Lula em Curitiba. São 12 metros quadrados, com uma tela de televisão, uma cama, um armário, ar-condicionado, uma janelinha no canto e um banheiro privativo. Lula tinha equipamento de ginástica, Bolsonaro não tem. O médico Marcelo Caixeta analisou 30 pesquisas, feitas em todo o mundo, e o caso de Bolsonaro é muito grave. O confinamento e o sedentarismo podem desencadear um AVC, um infarto, uma broncopneumonia, ou uma doença psiquiátrica.
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Jornalistas-militantes na BBC de Londres e também no Brasil
E tudo que envolve Bolsonaro foi tratado pelo noticiário com tom de militância. O professor Carlos Alberto Di Franco publicou artigo recente sobre o caso da BBC de Londres, que alterou discursos de Donald Trump para parecer que ele estava estimulando a invasão do Capitólio. Eu vi como discursos de Bolsonaro durante a pandemia também foram alterados, tirados do contexto. Ele diz, para as pessoas que estão interessadas em jornalismo, que esse episódio da BBC deveria servir de exemplo, mostrar que “é urgente resgatar o jornalismo factual, aquele que coloca os acontecimentos acima das paixões políticas e ideológicas”, que ouve todos os lados. A neutralidade é impossível, ninguém é neutro, mas é preciso ser fiel à verdade dos fatos, porque hoje estamos vendo um “jornalismo de militância”. Di Franco conclui que o jornalismo precisa voltar a ter a confiança da população, já que a credibilidade é essencial para a sobrevivência do jornalismo. Eu digo isso por causa do noticiário que temos visto – fora os defeitos horríveis de fala: o repórter está narrando algo e fica dizendo “ali, ali, ali, ali, ali”. Repete o “ali” dez vezes em um minuto, e o espectador que se vire para procurar onde é “ali”.
Irmão de brigadeiro do STM está na mira da CPMI do INSS
De tanto falarem das condenações no STF, estão esquecendo da CPMI do INSS, aonde só chega gente blindada. Agora, a comissão está atrás de um irmão do brigadeiro Joseli Camelo, aquele ministro do Superior Tribunal Militar que já antecipava tudo, dizia que era crime de golpismo, antecipava as condenações antes que saísse qualquer coisa. Certamente o brigadeiro deve votar para cassar a patente de capitão de Bolsonaro – que, aliás, não foi para um quartel como os outros condenados militares, mesmo sendo capitão da reserva; ficou na Superintendência da Polícia Federal, como se fosse um civil total.
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Quem está na mira da CPMI que investiga o desvio do dinheiro dos idosos é o irmão do brigadeiro Joseli, que se chama Joseni – os pais só trocaram uma letra. Parece que ele recebeu dois depósitos por Pix, somando R$ 731 mil. Mas ele tem uma aposentadoria de R$ 31 mil. Ele teria ligação com a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil, e deve ser chamado para depor. O irmão dele, o brigadeiro do STM, não tem nada a ver com a história, mas ficou todo mundo em alerta.
Ministério de Lula é tão inchado que é preciso amontoar seis pastas em um prédio
Uma explosão em uma estação de força feriu uma pessoa e provocou um incêndio em um dos prédios da Esplanada dos Ministérios. Além do ferido, houve cerca de 30 atendimentos de asfixia e pequenos ferimentos. E graças a isso ficamos sabendo que, em um único prédio, funcionam seis ministérios – esse é um dos motivos pelos quais temos déficit. Lá funcionam os ministérios da Gestão e Inovação, das Mulheres, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social, dos Povos Indígenas, e da Igualdade Racial. Foi preciso haver uma explosão para descobrirmos as invenções desse governo que acabou com os Correios.
Senadores sabatinarão Jorge Messias em 10 de dezembro
A sabatina de Jorge Messias no Senado, para conferir se ele atende à principal exigência da Constituição, que é notável saber jurídico, já tem data marcada: 10 de dezembro.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos




