Presidente Lula está voando hoje ou já foi para a praia. Vai passar o Corpus Christi, e sexta-feira, e sábado, e domingo, na base naval de Aratu, bem isolado e protegido.
Ele foi convidado por uma igreja evangélica para a Marcha para Jesus, do pastor Hernandes. Sai da Sé às 10 horas da manhã e percorre as ruas de São Paulo, já há vários anos. Mas ele não quis. Disse que a deputada Benedita da Silva e o ministro Jorge Messias, daquele telefonema da Dilma, que é da Advocacia da União, poderiam representá-lo.
E ele está reclamando, está com intenção de fazer muitos outros voos para o exterior, tanto que quer um avião maior. Ele tem um Airbus 319, e claro que não vai querer o 350, né? Que custa 12 vezes mais. Custou para os nossos impostos, o equivalente a 167 milhões de dólares em 2005. Foi ele que comprou. Agora está achando pequeno e está com a intenção de viajar muito mais. Vai para Paris agora, na segunda quinzena de junho, será a décima primeira viagem para o exterior. Dá uma média de uma viagem para o exterior por quinzena.
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Carro popular
Bom gente, tem esse programa aí do carro popular. Querem desovar estoques que estão aí nos pátios das montadoras e das concessionárias de mais de 100 mil carros. Eu passei dois meses em Portugal e lá eu vi os anúncios de carros 0 quilômetro, mas modelo do ano passado, por um preço de liquidação mesmo, e não tem governo metido nisso. Aqui no Brasil tudo é patrocinado pelo governo. O governo é o paternalismo que corresponde ao clientelismo.
Agora, a Anfavea, que é a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, está dizendo que vai durar um mês, um pouquinho mais de um mês. Aí, como ouvi Claudio Humberto dizendo, né? Me engana que eu gosto. Porque, veja só, um problema é o juro. O pessoal que comprar um carro de cem mil vai pedir financiado, aí ele vai ter um desconto de seis mil, mas vai pagar de juro muito mais do que isso. E a outra questão é a seguinte, não vai resolver o armazenamento de veículo, porque já estamos há dez dias falando nisso.
O ministro Haddad falou em reduzir imposto, acho que foi no Dia da Indústria, dia 25 de maio. Aí já parou o mercado. O comprador de carro já decidiu esperar o desconto. Já não foi mais, então está há dez dias parado e vai estar mais 10 dias parado até estar tudo liberado para fazer a venda com desconto. Aí se vai durar 30 dias ou um pouco mais, 20 dias já se foram. Então como disse Claudio Humberto, é um me engana que eu gosto.
Marco temporal
Só pra avisar o pessoal que é proprietário de imóvel - quero dizer, solo, proprietário de terreno, de terra -, que o Supremo ainda não deslindou o caso e está perigando, porque o voto de Alexandre Morais não tem marco, mas a gente tem que indenizar os que vão ter que entregar a terra para os índios, essa foi a solução.
O André Mendonça levou um susto e pediu vistas. Aí ele tem seis meses para examinar o assunto e pôr em julgamento. Enquanto isso, o projeto da Câmara foi aprovado e está lá no Senado. Não sei se o Pacheco vai aguentar segurar seis meses. E o projeto diz o seguinte: indígenas que já deixaram a terra pra trás, que saíram da terra, não podem mais voltar pra terra, que eles abandonaram. É a situação no dia 5 de outubro de 1988, o dia que saiu a Constituição. É o que diz a Constituição. A exceção é terra que já estava em litígio na justiça. Como diz Nunes Marques, no voto dele, não dá pra fazer diferente, porque senão, de 1500 pra cá, absoluto desconhecimento do direito de propriedade. Vai aparecer lá um laudo dizendo que aqui tinha índio, que aqui era uma aldeia. Então, "poxa, mas eu fiz o meu prédio aqui!". Eu sinto muito, seu prédio vai passar para os indígenas. Esse é o risco que se corre. É uma responsabilidade muito grande a do Supremo, que já fez algo semelhante lá na Raposa Serra do Sol, caso no qual perdemos 5% da produção brasileira de arroz, e deixamos na miséria índios que viviam em simbiose com arrozeiros, e os arrozeiros com um tremendo problema na mão. Então, agora está nas mãos do Senado mais uma vez. É mais um grande assunto que está nas mãos do Senado, nas mãos de quem pauta a agenda do Senado, que é o presidente da casa, Rodrigo Pacheco, representante dos mineiros de Minas Gerais.
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