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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Tem até fuzil

Os 9 mil presentes que ficaram no Instituto Lula

10 falas questionáveis de Lula que geraram problemas para a imagem do governo
Lula ganhou até fuzil de esquerdistas salvadorenhos em mandato anterior; peça está no Instituto Lula. (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

Ficamos sabendo agora que lá no Instituto Lula estão depositados 9.037 presentes recebidos por Lula em seus mandatos presidenciais – e todos, aí, discutindo cinco ou seis presentes de Jair Bolsonaro...

São 9 mil presentes. Peças em ouro, esculturas, copos, taças. Uma espada de punho de marfim cravejado com ouro e diamantes, que veio de um príncipe saudita. Um fuzil AK-47 Kalashnikov, um presente de El Salvador, porque foi usado pela Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, lá nas lutas revolucionárias da esquerda. Colar de ouro, caneta com pena de ouro – apenas para citar alguns. Tanto na campanha eleitoral quanto nos presentes, o tratamento é diferente.

Centro Carter diz que eleições na Venezuela não foram limpas

Aliás, o Centro Carter está falando de condições desiguais de competição entre um candidato e outro, de restrições à campanha da oposição, de falta de transparência da apuração. Falam da Venezuela, da eleição que o Brasil está querendo anular para fazer outra. Não, essa eleição valeu; está lá o comprovante, 82% das atas comprovam a vitória acachapante da oposição.

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Congresso está perto de derrubar algumas restrições de Lula aos clubes de tiro

O presidente Lula, assim que assumiu, publicou decretos para inviabilizar a posse de armas pelos cidadãos. Todos sabem que todas as ditaduras do mundo começam desarmando a população. Por isso ninguém invade os Estados Unidos: as armas não são só do Exército, da Marinha, da Força Aérea, da Guarda Nacional, das polícias; cada cidadão é um soldado, está lá pronto para defender a soberania nacional. Os californianos temiam uma invasão na Segunda Guerra Mundial, mas os japoneses nunca ousaram.

As regras de Lula inviabilizaram os clubes de tiro esportivo. Mas agora há um projeto de lei, do deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO), que foi aprovado na Câmara e agora está no Senado. O Centrão está negociando e tudo indica que esse projeto vai passar na Comissão de Constituição e Justiça; depois, no plenário, já estão falando até em aprovação simbólica.

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Uma das regras que podem ser revogadas é a que exige que clubes de tiro e lojas de armas e munição estejam a pelo menos um quilômetro de distância de qualquer escola. Ora, clube de tiro e lojas são protegidos, há uma blindagem incrível, o vizinho pode ficar tranquilo que não vai acontecer nada, assim como a guarda de armas e de munição. Isso já foi revogado pela Câmara, agora só falta o Senado.

Esquerda quer anistia para quem foi condenado por estar com maconha

Sabem quem não é proibido por lei de chegar a um quilômetro de uma escola? Os traficantes. Só os que eventualmente podem proteger as crianças de traficantes e de bandidos é que têm de ficar distantes.

E na Câmara, deputados do PSol estão apresentando uma proposta de anistia para quem foi condenado após ser pego com maconha. Estão alinhados com aquela decisão do Supremo das 40 gramas. Só para lembrar, há uma PEC de autoria do próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que já passou pelo Senado em duas votações, por 53 a 9, e está na Câmara, para colocar na Constituição que qualquer porte de droga é crime. E acrescenta outras considerações possíveis no tratamento do usuário – ou do drogado; vamos parar de eufemismos.

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Nota de resposta

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República entrou em contato com a Gazeta do Povo em 14 de agosto solicitando a publicação do texto a seguir, em resposta à coluna do jornalista Alexandre Garcia:

"Surpreende o jornalista Alexandre Garcia, a essa altura, se dizer surpreso com a "descoberta" de 9.037 presentes sob a guarda do Instituto Lula, em São Paulo.

A existência desse acervo já foi mencionada centenas de vezes por diferentes veículos de imprensa e comentaristas mais atentos, já foi citada pelo próprio Lula, já foi avaliada pelo TCU. Até a Lava Jato já inspecionou o acervo .

São itens recebidos por Lula como presidente ao longo de seus dois primeiros mandatos, materiais que hoje compõem um acervo de caráter privado, mas que não pertencem plenamente a Lula, pois são de interesse público, sob regras de guarda específicas. 

Diferentemente do que sugere o jornalista, quase tudo possui baixo ou nenhum valor comercial, como camisetas, bandeiras, taças, quadros, enfeites, canetas e até chaveiros, entre tantas manifestações de carinho ao presidente dadas por populares. Outros itens não têm nem serventia prática, como espada e fuzil.

Todos os itens estão listados, guardados e devidamente catalogados. O presidente Lula não fez gestões junto à Receita Federal ou qualquer outro órgão para omissão do registro oficial de qualquer item recebido. O presidente Lula jamais escalou assessores para esconder e depois vender no exterior itens para embolsar o dinheiro.

Não há, portanto, qualquer analogia possível com outros episódios referentes a outras pessoas que estão sendo analisados pela justiça.

Secretaria de Imprensa / Secom"

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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