Esta semana, os memes envolvendo Fernando Haddad e taxas explodiram. Eles começaram há algum tempo, quando Janja, a primeira-dama, respondeu à Choquei sobre a taxa das blusinhas, afirmando que as empresas pagariam a taxa, não o consumidor final. Isso virou uma grande piada e Fernando Haddad já estava no meio. Na resposta ao site de fofocas, a primeira-dama afirmou que estava em companhia do ministro e ele iria explicar isso.
Em paralelo, o povo sente a pressão do aumento de preços, especialmente nos supermercados, e novas taxas continuam sendo criadas. Empresas amigas do governo Lula se livraram de pagar bilhões em multas de corrupção, e alguém precisa repor o rombo, geralmente através de mais taxas. Criou-se a tempestade perfeita para algo que o brasileiro sabe fazer bem: memes.
Quando as piadas e memes envolvem figuras políticas da esquerda, qualquer crítica é rapidamente rotulada como desinformação ou discurso de ódio
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, afirmou que os memes contra Haddad são desinformação. Alega que as piadas distorcem os fatos. Já sabemos para onde pode escalar essa história de fake news e desinformação, para o meme. No entanto, a ideia de censura não veio dos políticos, mas dos próprios jornalistas. Alguns defenderam a regulação dos memes, sugerindo que poderia ser uma campanha orquestrada ou paga. Se isso fosse possível, o governo também poderia pagar por uma campanha contrária. Além disso, sites profissionais de memes, como o Sensacionalista, não fazem tanto sucesso quanto os memes espontâneos.
Anos atrás, a senadora Damares Alves contou que, quando criança e vítima de abuso sexual, viu Jesus num pé de goiaba. A esquerda achou engraçadíssimo e o meme do "Jesus na goiabeira" persiste até hoje nessa bolha. Imagine se a piada fosse sobre o abuso sexual que uma petista sofreu na infância. E sobre a sexualidade dos filhos de Bolsonaro, Carlos e Renan? Quantos memes você já viu sobre a especulação de homossexualidade dos dois? Isso não seria homofobia? Aparentemente não, é amor.
Essa disparidade no tratamento dos memes revela um viés claro. Quando as piadas e memes envolvem figuras políticas da esquerda, qualquer crítica é rapidamente rotulada como desinformação ou discurso de ódio. No entanto, quando os alvos são figuras da direita, as mesmas críticas e piadas são frequentemente defendidas como liberdade de expressão.
Essa diferença de tratamento reflete não apenas uma parcialidade na percepção pública, mas também uma tendência preocupante de tentar censurar a crítica política sob o pretexto de combater a desinformação. A verdadeira questão aqui não é se os memes são desinformação ou não, mas sim quem decide o que é permitido e o que não é.
Em uma sociedade democrática, a liberdade de expressão deve ser protegida, mesmo quando as opiniões expressas são desconfortáveis para aqueles no poder. A tentativa de censurar memes ou regular a expressão pública apenas mina a confiança do público nas instituições e promove ainda mais a polarização.
Os memes políticos, gostemos ou não, são uma forma de discurso político que reflete o humor e as preocupações da população. Tentativas de censurar esse tipo de expressão são não apenas impraticáveis, mas também perigosas para a saúde de qualquer democracia. No fim das contas, o problema não é o meme, mas sim quem é o alvo do meme.
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