Esposas de ministros de Lula são as novas protagonistas do patrimonialismo brasileiro. Com a ajuda de deputados estaduais amigos, quatro delas ganharam cargos de conselheiro de Tribunal de Contas nos estados antes governados por seus maridos.
A última foi Aline Peixoto, mulher do ex-governador da Bahia Rui Costa, agora ministro da Casa Civil de Lula. Mesmo sendo da área de saúde, a enfermeira foi indicada pelos deputados baianos para ocupar uma vaga no Tribunal de Contas dos Muncípios do estado (TCM).
Com emprego garantido para o resto da vida, vai ganhar, de início, R$35.462,22 e fiscalizar (será?) as contas de prefeitos, secretários e outras autoridades dos municípios baianos.
É mais um capítulo da novela "o amor venceu", sem o alerta de que o amor, neste caso, se compra. Neste governo só há amor para quem é próximo de Lula. E, claro, às custas de recursos arrecadados junto ao pagador de impostos. Está de volta a farra dos políticos que se acham donos do Brasil e do dinheiro do contribuinte.
Esposas de ministros de Lula viram notícia
A notícia de que as esposas dos ministros Rui Costa (PT-BA); Wellington Dias (PT-PI), Waldez Góes (PDT-AP) e Renan Filho (MDB-AL), foram as escolhidas para assumir vagas em tribunais de Contas de seus estados, obviamente, causou revolta.
O pagador de impostos tem todo o direito de reclamar quando deputados estaduais eleitos para representá-lo ignoram currículos ou competência e escolhem indicar, para cargos importantes e bem remunerados, esposas de ministros de Lula, que antes eram governadores de estado. Seria pagamento de algum favor ou expectativa de recompensa futura?
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Será que os eleitores de Lula e dos deputados estaduais que fizeram questão de agradar seu ex-governador, agora ministro, estão satisfeitos? Não deveríamos cobrar dos parlamentares melhor trato com a coisa pública e uma alteração na lei que prevê a escolha de conselheiros de tribunais de conta por indicações políticas?