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Quem acompanha minimamente as notícias internacionais sabe que na última segunda-feira (15) cubanos tentaram sair às ruas em Cuba para protestar, pacificamente, contra o governo do ditador Miguel Diaz Canel, que assim como os antecessores Fidel Castro e Raul Castro, submete a população à pobreza a título de promover igualdade.

A tentativa foi frustrada pela repressão policial, típica de ditaduras. Houve um ataque mais do que explícito às liberdades de manifestação e de expressão do pensamento, com prisão prévia de jornalistas e de organizadores da manifestação.

A polícia cubana chegou a cercar a casa dos líderes das manifestações para que não ousassem sair. Houve presença policial também ostensiva nas ruas para intimidar quem, eventualmente, estivesse se programando para comparecer nos locais marcados para os protestos, que, obviamente, acabaram não acontecendo.

Foram muitos os absurdos cometidos contra cubanos que lutam por liberdade e não só em Cuba. Aqui no Brasil, imigrantes cubanos foram impedidos de se manifestar por militantes do MST. Mesmo com autorização da polícia militar para protestar na rua em frente ao Consulado de Cuba em São Paulo, os cubanos não conseguiram sequer se aproximar do prédio.

A rua em frente foi simplesmente tomada por integrantes do MST e militantes do PT, com camisas vermelhas estampando o nome do ex-presidente Lula. Gritando palavras de apoio ao ditador cubano, o grupo fez uma barreira para que os imigrantes que moram no Brasil e queriam protestar ficassem distantes do Consulado.

"Vai pra Cuba conhecer aquele inferno"

A audácia e falta de empatia dos supostos trabalhadores rurais sem terra irritou os cubanos que vivem no Brasil, porque conseguiram fugir de sua terra natal, mas têm parentes ainda em Cuba, sofrendo com o regime do ditador Diaz Canel.

Em seu canal no YouTube, a jovem cubana naturalizada brasileira Zoe Martínez denunciou a arrogância dos militantes de esquerda ao vivo. Ao lado de outros imigrantes que moram em São Paulo e queriam protestar, ela mandava recados duros para os defensores de Lula e Canel.

“Elogiar o comunismo estando no Brasil é fácil. Querem saber mais do que nós? Vai pra Cuba conhecer aquele inferno”

Zoe Martínez, cubana naturalizada brasileira

No Twitter, a atriz Dina Stars, influenciadora digital bastante conhecida em Havana, desabafou: “é preciso que as pessoas que estejam acompanhando do exterior saibam que, se não pudermos sair para protestar hoje, não é porque as causas não são importantes, mas sim, porque estão nos encurralando. Estão fazendo demonstrações de força nas ruas, desfilando carros militares, vigiando nossas casas”.

A blogueira e youtuber Yoani Sanchéz publicou relatos indignados no dia 15, contando que soldados do Exército estavam circulando armados pelas ruas, numa clara intimidação a manifestantes. E que as casas dos principais líderes do protesto estavam cercadas.

“Se não houver protesto é por pura intimidação. É impressionante como o governo se armou para derrubar até um simples smartphone da mãe de um adolescente que estiver na rua”.

Yoani Sanchéz, blogueira e youtuber cubana

Veja parte do vídeo de Zoe Martínez e outros relatos de jornalistas independentes e ativistas cubanos clicando no play da imagem no topo da página.

São descrições de um dia que prometia repetir as grandes manifestações do último mês de julho, as maiores já registradas na ilha em mais de 60 anos, desde que Fidel Castro tomou o poder, em 1959. Mas que, desta vez, foram barradas pela força das armas ou, no caso do protesto em São Paulo, pela militância petista do MST.

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