No último dia 25, a Fox News trouxe uma entrevista que confirmou os mais tenebrosos pesadelos daqueles que entendem o caos generalizado que pode ser imposto ao mundo se o dólar perder sua posição de reserva de valor global. Eu trato desses temas há alguns anos, mas o Brasil ainda não entendeu o que está em jogo. Por isso, mais uma vez, faço um alerta para vocês sobre algo que muito provavelmente será concretizado e que mudará completamente o mundo e a vida como nós a conhecemos.
Antes da chamar a entrevistada, o apresentador Will Cain fez um comentário sobre a recente notícia de que a Rússia começaria a usar o yuan chinês para pagamentos internacionais em vez do dólar. Também foi ressaltado que a Arábia Saudita estava conversando com o governo chinês para fazer o mesmo. Enquanto isso, ele alertou que os sauditas também estavam em negociações com o Irã para formar uma aliança econômica com Pequim e Moscou, com a possibilidade de passarem a integrar os BRICS, o grupo dos países emergentes, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Não seria exagero dizer que o abandono do dólar americano como reserva global seria algo de proporções catastróficas.
Essa aliança, cujo objetivo é destronar os Estados Unidos de sua posição de superpotência global, reúne boa parte da população mundial e um considerável poderio econômico e bélico. Diante desse cenário, Will Cain lançou as seguintes perguntas: “O que aconteceria se os EUA e o dólar deixassem de ser a moeda dominante no mundo? E se as economias emergentes se afastarem do dólar americano em direção ao yuan chinês?”. Para responder, ele convidou a ex-secretária adjunta do Tesouro Monica Crowley. A resposta foi ao mesmo tempo esclarecedora e aterrorizante.
Ela começou afirmando que não seria exagero dizer que o abandono do dólar americano como reserva global seria algo de proporções catastróficas. Isso porque, desde o fim da 2ª Guerra Mundial, o dólar tem sido o “porto seguro” do planeta. Isso porque foi uma moeda sólida, apoiada no ouro. Porém, ela lembrou que, em 1971, o presidente Nixon retirou a moeda norte-americana do padrão-ouro, de forma que, nos últimos 50 anos, a moeda perdeu seu lastro, não possuindo nenhum ativo forte que lhe apoiasse. Desde então, o dólar era sustentado com base na força bélica, no poder econômico dos Estados Unidos e pelo fato de que o petróleo sempre foi negociado em dólares. Se este tripé acabasse (principalmente o último, o petrodólar) isso significaria literalmente o fim do dólar americano.
Crowley ressaltou então que era exatamente esse cenário que está se desenhando agora, naquilo que ela classificou de uma “tempestade perfeita”. Ela defendeu que Washington aproveitou mal o privilégio de possuir a moeda que funcionava como reserva mundial, praticando por décadas uma política monetária e fiscal totalmente imprudente, principalmente nos últimos dois anos, o que trouxe uma acentuada desvalorização do dólar. Isso tudo se soma aos problemas da fraqueza do presidente Biden, sua luta contra a produção doméstica de energia e a Guerra na Ucrânia. Sendo que esta última levou os “inimigos da América”, liderados pela China, a formar um novo bloco econômico.
Todo o sistema econômico global passou a depender do dólar, sempre visto como um porto seguro, uma proteção, uma moeda sólida.
E o mais grave de tudo: a Arábia Saudita acabou de indicar que estaria aberta a receber outras moedas para negociar o petróleo. Se isso acontecer, segundo Crowley, haverá uma implosão completa do sistema econômico global e, principalmente, do sistema econômico americano. Esse cenário traria uma inflação elevadíssima, que poderia ser comparada ao contexto de hiperinflação da República de Weimar, quando os alemães tiveram, entre os anos 1922 e 1923, uma taxa acumulada de inflação que chegou a um bilhão por cento. Você consegue imaginar isso acontecendo nos Estados Unidos? Quais seriam as consequências para o mundo se esta hipótese se concretizar? É difícil até imaginar os EUA em ruínas, perdendo o status de superpotência.
Em seguida, a ex-secretária adjunta do Tesouro mostrou que a posição privilegiada dos EUA no cenário global lhes concedeu um domínio mundial sem precedentes em termos econômicos e comerciais, o que foi capaz de manter os preços baixos para os norte-americanos, principalmente quantos aos custos de energia e alimentos. Mas não apenas isso.
Se realmente a Arábia Saudita começar a negociar o petróleo em diferentes moedas, isso vai minar não apenas o dólar, mas todo o sistema econômico global.
Todo o sistema econômico global passou a depender do dólar, sempre visto como um porto seguro, uma proteção, uma moeda sólida. Todavia, a impressão desenfreada de dinheiro iniciou um acelerado processo de desvalorização da moeda mais poderosa do mundo. Porém, além disso, o maior risco para a moeda americana é a desvinculação do petróleo. Se realmente a Arábia Saudita começar a negociar o petróleo em diferentes moedas, isso vai minar não apenas o dólar, mas todo o sistema econômico global. Segundo Crowley, a consequência imediata para os EUA seria uma “inflação furiosa”, muito pior do que qualquer coisa que eles já experimentaram.
Neste momento, você pensa: “Como os americanos estão permitindo isso, a completa destruição de sua moeda?”. Parece algo insano, mas e se eles estão fazendo isso propositalmente? Mas você pode perguntar: “Mas qual seria o interesse dos EUA em destruir sua própria moeda?”. A resposta é relativamente simples. Eles estão configurando isso para que possam criar o contexto necessário para fazer a transição do falido dólar físico para o Fedcoin, a moeda digital do Banco Central. Isso significaria a perda da liberdade econômica individual, uma vez que o governo seria capaz de controlar tudo que cada indivíduo compra e vende, e a capacidade de desligá-lo por algum motivo. Isso viabilizará o monitoramento da pegada de carbono e a implementação do famigerado crédito social.
Porém, antes disso, eles precisam acabar com o bitcoin. Talvez a falência da FTX e o cerco se fechando contra a Binance já façam parte desse processo. Isso porque, no cenário hipotético da quebra do dólar, muitas pessoas poderiam buscar refúgio nas criptomoedas descentralizadas, algo que os Bancos Centrais não permitirão de modo algum.
Parece que chegamos a um ponto de inflexão. É muito estranho imaginar que seremos testemunhas oculares do colapso do império americano. Seria algo cujas consequências são difíceis de vislumbrar. Porém, o mais curioso de tudo é que a Bíblia já falava sobre isso há mais de dois milênios. Ali está o caminho do livramento. Fica a sugestão.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião