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Entrelinhas

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Entrevista

Mario Frias: “A desumanização da direita é algo criminoso”

(Foto: Reprodução/Instagram)

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Em entrevista ao programa Sem Rodeios e à coluna Entrelinhas, da Gazeta do Povo, o deputado federal Mario Frias (PL-SP) comentou sobre os julgamentos dos acusados pelos atos de 8 de janeiro, além de criticar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e ações do governo Lula. Frias ainda citou sua admiração pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem foi Secretário Especial da Cultura, de 2020 a 2022.

8 de janeiro

“É uma página triste da nossa história”, disse Frias. “Pessoas honestas, sem passagem por crime algum, estão sendo tratadas como golpistas, com penas absurdas, apenas por terem participado de manifestações”, observou. Para o parlamentar, o que está em curso “não é justiça, mas vingança política”.

Frias opinou que os atos de vandalismo em Brasília não representam o movimento de oposição. “Esse tipo de manifestação nunca fez parte da direita. Pelo contrário, a imagem da senhorinha com a Bíblia na mão é muito mais verdadeira do que a de um golpe de Estado sem armas”, declarou. Segundo ele, a maioria dos manifestantes foi enganada por “um sistema que hoje usa a Justiça como instrumento de repressão”.

O deputado avaliou que o julgamento no STF “começou errado e está terminando pior do que a encomenda”. Para ele, a forma como o direito está sendo aplicado no país é “uma distorção que pode atingir qualquer cidadão”.

Críticas ao governo Lula


Frias também comentou sobre a nomeação de Guilherme Boulos para o governo Lula, como Secretário-Geral da Presidência. “Um governo que acoberta escândalos de corrupção agora tem um invasor de terras como ministro. Talvez isso vire uma política pública no futuro: a invasão de propriedades privadas”, afirmou.

Na visão do parlamentar, o presidente Lula busca fortalecer a militância de esquerda e repetir estratégias políticas do passado. Ele disse que parte da população “ainda se informa pela grande mídia” e criticou o uso do termo “extrema-direita”. “Hoje chamam de extrema-direita as velhinhas orando na porta dos quartéis, enquanto a extrema-esquerda mata e destrói”, declarou.

O deputado afirmou não compreender o apoio de parte do eleitorado ao Partido dos Trabalhadores: “Quem tem mais de 30 anos e vota no PT, desculpa, não é cúmplice, é sócio.” Para Frias, o governo atual “vive de narrativas, cria impostos e ataca quem produz riqueza”.

Roubo dos aposentados e blindagem de governistas

O parlamentar analisou a CPMI do INSS e a retirada do nome de Frei Chico, irmão de Lula, das investigações. “É um tapa na cara da sociedade, avalizado pela grande mídia, que hoje é um braço do regime. Ninguém pode defender a blindagem de uma pessoa envolvida em irregularidades apenas por ser próxima do presidente”, disse. Segundo Frias, se fosse um escândalo que tivesse algum tipo de relação com sindicatos onde trabalhasse um irmão de Bolsonaro, a cobertura da imprensa e os processos correriam de forma diferente.

“Desumanização da direita”

Frias apontou também que a direita tem sido alvo de rotulações e restrições. “A desumanização da direita é algo criminoso. Isso vai gerar violência, como vimos nos Estados Unidos, na tragédia de Charlie Kirk. A grande imprensa também tem responsabilidade nisso”, observou.

O parlamentar avaliou que a grande imprensa reforça a ideologia do governo como “narrativa oficial” e contribui para desvalorizar a oposição, etiquetando a direita com termos que a desumanizam e, por fim, incentivam o ódio contra “quem pensa diferente”.

Relação com Bolsonaro

O deputado ainda falou sobre sua relação com Jair Bolsonaro. “O que o presidente Bolsonaro fez por mim, pela minha família e pela minha pátria, eu nunca vou esquecer. A minha fé, minha devoção e minha lealdade a ele são justas”, contou.

Frias garantiu que “a verdade virá à tona” e que “o Brasil ainda vai lamentar profundamente o que está acontecendo com os presos de 8 de janeiro”.

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