Após ser proibido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de manter contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o dirigente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, tentou mas não conseguiu viabilizar uma agenda com o ministro da Corte Suprema. Para intermediar a agenda, Costa Neto pediu a ajuda do ex-presidente Michel Temer (MDB), já que ambos estão próximos devido ao apoio à reeleição de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo (SP).
O encontro não aconteceu e não há previsão que de fato ocorra. O partido, porém, não se deu por vencido e pretende superar a proibição de Moraes pelos meios legais. O PL tem uma meta ambiciosa para as eleições municipais deste ano, pretende conquistar 1.500 prefeituras pelo Brasil. Dessa forma, o contato entre o ex-presidente, que é o principal cabo eleitoral da sigla, e o mandatário do PL é considerado fundamental à estratégia.
Valdemar e Bolsonaro não podem se falar desde fevereiro, quando Costa Neto foi preso em uma operação da Polícia Federal (PF). Para conseguir contato com Jair Bolsonaro, Valdemar recorre à esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro (PL), e ao seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL). Em eventos ou manifestações, os discursos de ambos são marcados em horários diferentes, com um intervalo para que não se encontrem na chegada ou na saída.
Valdemar denuncia perseguição política à Justiça americana
Na terça-feira (6), Valdemar Costa Neto compareceu ao interrogatório sobre queixas feitas por ele à Justiça dos Estados Unidos (EUA). Ele alega que há uma perseguição política do Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, o presidente do PL optou pelo silêncio durante a oitiva, que foi determinada por Alexandre de Moraes. Nos EUA, Valdemar é parte em um processo que moveu contra a sua ex-esposa, Maria Christina Mendes Caldeira, por difamação.
De acordo com uma reportagem da revista Veja, publicada no dia 27 de julho de 2024, as críticas de Valdemar ao STF constam no processo dele contra a ex-esposa. À revista, Valdemar disse que o seu partido, o PL, é perseguido pelo STF e por um ministro da Corte.
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