Após acusações de assédio contra Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos do governo Lula, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) pede pela demissão de Almeida e aponta também os dados referentes a assédio moral no ministério. “Estou chocada com o grande número de notícias sobre assédio moral e agora, com a revelação de casos de assédio sexual. Não há alternativa para o presidente Lula senão afastar imediatamente este ministro”, afirmou a senadora à coluna Entrelinhas.
A coluna teve acesso a uma comunicação interna que circulou entre os funcionários do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Intitulada "Declaração de apoio ao MDHC", a mensagem foi disseminada em um grupo de WhatsApp chamado “Povo dos DH”, em referência aos Direitos Humanos. O documento exalta o trabalho do ministério e desqualifica uma reportagem do UOL, acusando-a de “irresponsabilidade” e de não refletir a realidade. Na quarta-feira (4), o portal de notícias tinha divulgado que, no período de um ano, dez procedimentos internos foram instaurados para investigar alegações de assédio moral na pasta comandada por Silvio Almeida. Na gestão de Damares, em quatro anos, houve um total de 12 denúncias.
O comunicado pede aos funcionários que se sentiram ofendidos pelas notícias veiculadas que manifestem apoio ao MDHC e reprovem as supostas mentiras publicadas. A circular termina com um pedido incomum: que os servidores e colaboradores coloquem seus nomes e cargos em apoio ao ministério.
De acordo com o UOL, desde o início do governo atual, o MDHC teve 52 servidores desligados da pasta: 25 em 2023 e 27 entre janeiro e julho de 2024. Desses, ao menos 31 foram demissões voluntárias, sendo que duas das assessoras diretas de Silvio são os principais alvos das reclamações. O Diário Oficial da União revela que, dos 27 desligamentos em 2024, 18 foram solicitações de saída por parte dos funcionários.
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