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Estratégia bolsonarista deixa Kataguiri fora do pleito em SP
| Foto: Divulgação/Instagram Douglas Garcia

Um dos 56 candidatos a uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo (SP) pelo União Brasil nas eleições municipais deste ano, o ex-deputado estadual Douglas Garcia conversou com a coluna Entrelinhas sobre a desistência do deputado federal Kim Kataguiri de concorrer à prefeitura da cidade. Após desistir do pleito, Kataguiri declarou apoio ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). De acordo com Douglas, houve um movimento interno do partido que não apoiava as pretensões políticas de Kim, pois, segundo ele, não gostaria que a sigla fosse “refém de uma candidatura particular”.

Garcia explicou que dentro do União em São Paulo há uma divisão entre um grupo considerado “mais liberal”, da qual fazem parte os quadros ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL), e os chamados “conservadores”, fortemente ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Contrário ao grupo que pretendia lançar Kataguiri à vaga de prefeito, Douglas afirmou que os atritos entre os correligionários começou a partir do momento que o deputado federal resolveu se lançar ao cargo de prefeito. “Kim queria essa legenda, não para poder ser eleito, mas apenas fazer o nome dele”, afirmou Garcia.

O pré-candidato a vereador afirmou que a intenção de Kim era semelhante ao que fez Arthur do Val, também ligado ao MBL em 2020. “Ele queria levantar o nome dele, pois, convenhamos, não tem a menor chance de ser eleito prefeito de São Paulo”, garantiu. Garcia ainda explicou que hoje os quadros do União Brasil em sua grande maioria são ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e citou nomes como Adrilles Jorge, Nise Yamaguchi, Rubinho Nunes e Paulo Kogos.

Douglas Garcia disse que seu grupo saiu vitorioso em uma movimentação à direita no intuito de fazer com que o “bolsonarismo” ganhasse força dentro do partido, “tirando completamente a possibilidade do MBL conseguir lançar um candidato a prefeito”. Garcia ainda declarou que é mais importante que lançar uma candidatura própria é apoiar um candidato do ex-presidente Bolsonaro. “Não adianta apoiar pessoas que têm um projeto de poder próprio”, concluiu.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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