Em entrevista de parceria entre a coluna Entrelinhas e o jornal Rumo Econômico, o ex-chanceler Ernesto Araújo comentou sobre as novas evidências de fraude nas eleições venezuelanas, reveladas por documentos obtidos pela oposição. Araújo afirmou que essas atas das urnas confirmam uma "fraude gigantesca", reforçando a crescente conscientização mundial sobre a desonestidade do regime de Nicolás Maduro. Ele previu que a "desmoralização de Maduro frente ao mundo só tende a crescer", refletindo a intensificação das críticas internacionais ao regime venezuelano.
Araújo também criticou a postura do governo brasileiro e de Lula, sugerindo que ambos estão fingindo preocupação com a crise na Venezuela para atender a seus próprios interesses. Para ele, o presidente brasileiro está tentando reduzir a pressão internacional sobre Maduro e consolidar seu poder com a repressão, enquanto Biden, com sua própria situação controversa sobre as eleições de 2020, evita condenar o ditador venezuelano para não criar comparações desconfortáveis. Araújo afirmou que "Biden tem um telhado de vidro", implicando que os EUA têm seus próprios problemas de integridade eleitoral.
No que diz respeito ao papel do Brasil no cenário global, Araújo declarou que o país é um "regime ditatorial corrupto com democracia de fachada e aliado das potências totalitárias", como Irã e Rússia. Ele argumentou que o Brasil se faz passar por neutro para ocultar sua verdadeira postura e que seu papel é crucial no “projeto totalitário global”. Araújo também declarou que "muita gente no mundo não se dá conta do quanto o Brasil está metido nesse eixo", subestimando sua influência negativa.
Por fim, Araújo expressou preocupações sobre a segurança dos opositores venezuelanos após as eleições, afirmando que todos aqueles que se opõem a Maduro, incluindo figuras como Maria Corina e Edmundo González, correm riscos de serem presos ou mortos. Ele ressaltou a gravidade da situação, lamentando que os venezuelanos enfrentem uma realidade marcada pelo roubo, tirania e criminalidade do regime de Maduro. "É um cenário triste", concluiu o ex-chanceler.
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