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Nesta terça-feira (29), o programa Entrelinhas aborda a recente decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que anulou todas as condenações do ex-ministro José Dirceu impostas pelo ex-juiz Sergio Moro no âmbito da operação Lava Jato. A decisão, que invalida os atos processuais conduzidos por Moro, levanta um debate intenso sobre o papel do Judiciário.

Além disso, o Entrelinhas também traz uma análise sobre os desdobramentos das eleições municipais de 2024, com destaque para o embate entre a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Após o segundo turno, Padilha sugeriu uma “avaliação profunda” dos resultados, o que gerou respostas críticas de Gleisi, que vê nas declarações do ministro uma ofensa ao partido.

Além do conflito entre Gleisi e Padilha, nossos apresentadores e repórteres abordam outras notícias importantes. O governador Ronaldo Caiado, de Goiás, avaliou as eleições municipais e anunciou sua candidatura à presidência em 2026. E, ainda, o programa traz à pauta os leilões que marcam a “Infra Week” de Tarcísio de Freitas e a proposta de impeachment que a oposição paulista apresentou contra o governador.

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Gilmar Mendes anula condenações de José Dirceu dadas por Moro na Lava Jato

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todos os atos processuais conduzidos pelo ex-juiz Sergio Moro contra o ex-ministro José Dirceu no âmbito da operação Lava Jato. A decisão abrange as condenações impostas a Dirceu, incluindo aquelas já confirmadas por instâncias superiores, e invalida todas as medidas processuais relacionadas.

A anulação foi apurada mais cedo pelo G1 e pelo UOL e confirmada pela Gazeta do Povo. Na decisão monocrática, Gilmar Mendes alegou a existência de "elementos concretos" de que Moro utilizou o processo contra Dirceu como parte de uma estratégia maior para chegar ao então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Padilha avalia resultado das eleições e pede que PT faça “avaliação profunda”

Nesta segunda-feira (28), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, fez um balanço do 2º turno das eleições municipais e defendeu que o PT faça uma "avaliação profunda" dos resultados. Das 26 capitais, o PT conseguiu levar apenas Fortaleza (CE), com Evandro Leitão (PT), e viu o Centrão e a direita tomarem as demais 14 capitais neste domingo (27).

A declaração do ministro foi feita aos jornalistas após o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

Gleisi rebate Padilha e diz que ministro ofende o PT ao “fazer graça” sobre eleições

A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), não ficou satisfeita com as declarações do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sobre o desempenho do partido nas eleições municipais de 2024.

Padilha afirmou, nesta segunda-feira (28), que o PT está na “zona de rebaixamento” desde 2016 e defendeu uma “avaliação profunda” da situação após o pleito.

Segundo Gleisi, em vez de ofender a legenda "fazendo graça", Padilha deveria “focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados”.

Caiado critica estratégia de Bolsonaro nas eleições e confirma que vai à presidência em 2026

O governador Ronaldo Caiado (União-GO), de Goiás, diz que as eleições municipais de 2024 revelaram um cansaço da população com o estilo político de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados de, supostamente, tentar impor sua vontade acima à dos outros. E confirmou que irá disputar a presidência da República em 2026 com ou sem o antigo aliado.

Caiado saiu vitorioso na eleição da capital goiana com a eleição de virada de Sandro Mabel (União-GO) no domingo (27) com 55% dos votos, derrotando Fred Rodrigues (PL) a quem o novo prefeito eleito chamou de “presente de grego” de Bolsonaro.

Tarcísio de Freitas volta aos leilões na B3 em “Infra Week” com capital político em alta

O governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), retoma nesta terça-feira (29) a agenda de leilões do estado na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. A pedido de investidores, os leilões foram adiados para o período após as eleições municipais, que confirmaram o capital político de Tarcísio no papel de líder da centro-direita em São Paulo e como peça-chave na reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Chamada de “maratona de leilões” ou “Infra Week” – nome que remete à agenda de leilões liderada por Tarcísio na B3 quando ele era ministro de Infraestrutura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – a agenda comporta cinco leilões de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) nas áreas de mobilidade, educação e loterias, em um total de R$ 19,1 bilhões em investimentos privados.

Oposição na Alesp vai protocolar pedido de impeachment contra Tarcísio

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) anunciou que vai entrar com um pedido de impeachment contra o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O motivo seria as declarações feitas por Tarcísio durante o domingo de segundo turno (27), quando o governador – apoiador do prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB) – afirmou que uma organização criminosa havia indicado voto em Guilherme Boulos (Psol) nas eleições municipais em São Paulo.

Assista ao Entrelinhas de segunda à sexta-feira

O programa Entrelinhas traz a melhor cobertura do noticiário, abordando os temas mais urgentes, com apresentação de Mariana Braga e comentários de Paulo Polzonoff. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 11h, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.

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