Em entrevista ao programa Entrelinhas na manhã desta segunda-feira (9), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) abordou as articulações em torno da eleição do próximo presidente do Senado, marcada para fevereiro de 2025. O senador apontou que a omissão do Congresso pode se intensificar com a possível eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência.
Segundo ele, Alcolumbre, “já está com a mão na taça” e demonstrou falta de alinhamento com as demandas da sociedade, além de ter sido responsável por engavetar pedidos de impeachment no passado. “O cenário é preocupante. Alcolumbre tem um histórico questionável e sua eleição para a presidência do Senado seria um retrocesso”, analisou Girão.
O senador revelou que há setores da oposição inclinados a apoiar Alcolumbre, o que, segundo ele, agrava a situação. “Já sabemos o que aconteceu quando Alcolumbre foi presidente. A presença dele novamente no comando seria um passo atrás”, destacou.
O senador mencionou Rogério Marinho (PL-RN) como um possível candidato que poderia reunir as qualidades necessárias para um novo cenário no Senado e defendeu a adoção de votação aberta para garantir maior transparência no processo. “Precisamos de um presidente do Senado que esteja alinhado com os interesses da sociedade e que tenha coragem para enfrentar as questões pendentes”, concluiu Girão.
Ele destacou ainda que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, atua com base no apoio de dois pilares: seus colegas no STF e o Senado Federal. “Moraes conta com o corporativismo dos seus pares, que aceitam suas decisões arbitrárias”, avaliou. Girão ressaltou que, para que haja uma mudança efetiva, seria necessário um “posicionamento mais forte” contra as decisões controversas do ministro.
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