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“A vitória fraudulenta de Maduro deixa o Brasil em uma situação constrangedora”, declara à coluna Entrelinhas o deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS). O parlamentar reclama que, no último domingo (28), Lula foi à televisão dizer que defende a democracia e, apenas um dia depois, ao contrário do mundo democrático, “silencia sobre o escandaloso resultado do país vizinho”.
Marcon ainda avalia que “uma ditadura não se derruba no voto”, por ser “um processo longo e doloroso para o povo” e demandar que a pressão internacional aconteça para a queda do regime. Nesse cenário, o deputado acredita que, caso Trump saia consagrado vencedor nos Estados Unidos (EUA), “a história da ditadura Venezuela pode ter um fim em breve”.
A oposição venezuelana denuncia que não teve acesso a 70% das atas eleitorais, sessões foram prolongadas em áreas chavistas e relatos de intimidação em regiões opositoras foram registrados. No final do dia, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) foi acusado de interromper a transmissão dos votos em diversas zonas.
O CNE proclamou Nicolás Maduro como presidente nesta segunda-feira (29). Segundo o órgão, Maduro teve 51,2% dos votos, enquanto o opositor do atual presidente da Venezuela, Edmundo González, teria 44%.
O ditador alegou que “estão ensaiando os primeiros passos fracassados para desestabilizar a Venezuela” e impor “novamente” um “manto de agressão e dano”, uma “espécie de filme [Juan] Guaidó 2.0”, em referência ao período em que o oposicionista se autoproclamou presidente interino do país, um mandato reconhecido por cerca de 50 países, mas que ele nunca conseguiu exercer, sem instituições e poder real.
Conteúdo editado por: Mariana Braga