O senador Rogério Marinho (PL-RN) é o nome mais cotado para assumir a presidência nacional do Partido Liberal (PL) em 2025. A possível mudança na liderança do partido tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e do atual presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, sendo motivada pelas restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Costa Neto foi proibido de manter contato com o ex-presidente devido a uma investigação que apura uma possível tentativa de golpe de estado. Esse impedimento acelerou as articulações para que um novo presidente assuma a liderança da legenda, e o nome de Marinho ganhou força nesse contexto.
"Se fosse para trocar a presidência do PL, eu ia querer que o cargo ficasse com o Rogério Marinho", afirmou Valdemar em entrevista à Jovem Pan News no último sábado (12). O motivo apresentado seria o fato de que Marinho não é investigado, não tem medida cautelar e possui facilidade na comunicação com outras legendas. Costa Neto, que anteriormente havia cogitado o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o posto, reconsiderou sua posição. Ele destacou que a intensa agenda do filho do ex-presidente dificulta sua disponibilidade para liderar o partido. "Eduardo visita dois ou três estados por mês, é uma loucura", justificou Valdemar, ao argumentar que Marinho, por sua maior disponibilidade e experiência, seria a melhor escolha para conduzir a legenda.
O apoio de Jair Bolsonaro à possível presidência de Marinho reforça o consenso em torno do nome do senador potiguar. Marinho, que foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro, já demonstrou habilidade política ao organizar as campanhas municipais pelo Brasil e ampliar a presença do PL em diversos estados. A articulação para que Marinho assuma o comando da legenda já está em curso, com foco nas eleições gerais de 2026, quando o PL pretende lançar candidatura própria à presidência da República.
Rogério Simonetti Marinho nasceu em Natal (RN) e tem 60 anos. Formado em Ciências Econômicas pela Universidade Potiguar (UnP), iniciou sua carreira política como vereador em Natal, cargo que ocupou entre 2001 e 2007. Marinho também foi deputado federal em três mandatos e ocupou o cargo de Secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte. Em 2020, foi nomeado ministro do Desenvolvimento Regional, onde trabalhou na articulação da Reforma da Previdência. Desde 2023, é senador pelo Rio Grande do Norte. Recém-eleito, ele disputou a presidência do Senado com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas não se elegeu.
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