O senador Jorge Seif (PL-SC) ironizou as eleições na Venezuela, caracterizando-as como uma “lição de democracia, transparência e lisura”. O senador justificou sua ironia ao mencionar que a “democracia por lá é relativa”. Ele questionou se o presidente Lula “condenará o regime ditatorial ou continuará estendendo o tapete vermelho para o ditador sanguinário”, expressando preocupações quanto à postura do atual presidente brasileiro em relação ao líder venezuelano, que visitou o Brasil no ano passado e encontrou-se com Lula em março deste ano. A forte reação da oposição e as pesquisas de boca de urna, que indicaram um expressivo descrédito popular ao regime de Maduro, despertaram a atenção da comunidade internacional para possíveis fraudes eleitorais na Venezuela.
Em entrevista à coluna Entrelinhas, Seif foi questionado sobre se essas dúvidas quanto à integridade eleitoral na Venezuela poderiam influenciar modificações na legislação eleitoral brasileira. "Já estamos trabalhando no voto impresso auditável, tanto na Câmara quanto no Senado”, ressaltou o senador. Ele admitiu não ter certeza se os eventos recentes no país vizinho promoverão mudanças aqui, mas reafirmou que “nossas expectativas são de, na mudança de presidências, propor pautas” e destacou a importância da adoção do voto impresso auditável como uma medida crucial, que poderia “pacificar o país”.
Na madrugada de segunda-feira (29), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, sob controle do regime chavista, confirmou a vitória de Nicolás Maduro com 51,2% dos votos, enquanto o opositor Edmundo González, da Plataforma Unitária Democrática (PUC), obteve 44,2%. Com este resultado, Maduro assegurou mais uma reeleição, prolongando seu mandato por mais seis anos.
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