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"A julgar pelos lamentáveis acontecimentos na Venezuela nos últimos dias e o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT) a Maduro, o governo Lula fechou o mês de julho com chave de ouro ao congelar R$ 5,7 bilhões de Saúde e Educação”, afirmou Carla Zambelli (PL-SP) à coluna Entrelinhas. A crítica da deputada ocorreu após o presidente Lula ter anunciado um decreto que congelou R$ 15 bilhões no Orçamento.
Os principais afetados pelas contenções são os ministérios da Saúde (R$ 4,419 bilhões), Cidades (R$ 2,133 bilhões), Transportes (R$ 1,512 bilhão), Educação (R$ 1,284 bilhão) e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (R$ 924 milhões). Juntas, essas cinco pastas respondem por 68% do congelamento de recursos. “Por onde andam os adeptos do 'Viva o SUS' cobrando respostas?”, questionou Zambelli. “A União gastou R$ 3,3 bilhões em 2023 com diárias, passagens e locomoção. Este é o maior valor real em nove anos”.
Com suas declarações, Zambelli destacou a insatisfação popular com as recentes decisões do governo e enfatizou a necessidade de priorizar investimentos em saúde e educação para o desenvolvimento do país. “Se o desenvolvimento de um país é o objetivo principal, a saúde e a educação são os indicadores fundamentais para se chegar a ele”, disse. Zambelli ainda afirmou à coluna que Lula, ao invés de congelar recursos para áreas tão importante para a população, deveria exigir a demissão de funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). "Só servem como cabides de empregos", disse.
A parlamentar argumenta ainda os médicos que trabalham nas Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) dos hospitais públicos salvam três a quatro pacientes diariamente, enfrentando uma jornada árdua de trabalho. “Retirar o investimento da educação das crianças, que são o futuro, equivale à atitude do camponês que come seu último saco de milho em vez de semeá-lo para a colheita futura”, disse Zambelli.
Conteúdo editado por: Mariana Braga