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Os desenvolvedores de jogos estão de olho no mercado das startups de tecnologia em saúde, as healthtechs.| Foto: rawpixel.com / Nunny

Jogos eletrônicos são a maior indústria de entretenimento do planeta. Nem mesmo a música e o cinema juntos conseguem superar os quase 400 bilhões de dólares que toda a cadeia de jogos deve movimentar em 2023.

Agora, imagine uma porção disso unindo-se a outro bilionário negócio? Pois bem, os desenvolvedores de jogos, agora, estão de olho no mercado das startups de tecnologia em saúde, as healthtechs.

O primeiro grande passo neste sentido foi o desenvolvimento do EndeavorRx, o primeiro jogo da história aprovado pelo FDA, uma espécie de Anvisa do Tio Sam, como uma alternativa para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças de 8 a 12 anos. Para os céticos de plantão, o jogo resultou na melhoria da atenção de 73% dos pacientes, tendo seu resultado, inclusive, publicado no Lancet, uma das revistas científicas mais respeitadas do planeta. Com isso, o jogo é considerado um tratamento tão eficaz quanto uma medicação, necessitando, inclusive, de prescrição médica para utilizá-lo.

A união de gaming com as healthtechs parece ser uma aposta promissora. Afinal, o mercado de tecnologia em saúde deve movimentar perto de 270 bilhões de dólares em 2023, incluindo aí estudos para novos medicamentos, apps e dispositivos de monitoramento, previsibilidade de ocorrências utilizando machine learning e Inteligência Artificial, entre muitas outras frente. Até mesmo a busca pela imortalidade, seja por meio do upload de seus pensamentos em uma máquina, seja por meio do retardamento do envelhecimento pela reprogramação epigenética e terapia celular.

Obviamente, não podemos esquecer os problemas que os jogos eletrônicos causam, que vão desde a dependência excessiva ou a falência financeira devido ao gasto descontrolado, especialmente nos títulos com compras de vantagens dentro do jogo.

Talvez o médico e físico suíço Paracelso esteja novamente certo quando afirmou, ainda no século XVI, que a diferença entre o remédio e o veneno é a sua dose. Quantos megabytes nossos corpos irão precisar?

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