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Se você reparar bem nas propostas da esquerda, você verá que a esquerda não tem resposta para absolutamente nenhum problema social. Qual a proposta da esquerda para, por exemplo, aprimorar a saúde? Absolutamente nada, apenas repetir “viva o SUS” diariamente, na esperança de que a população continue acreditando na farsa. Qual a proposta para educação? Nada, a mesma burocracia escolar agigantada de sempre, com o mesmo modelo falido de escola pública. Tudo isso enquanto que, não preciso nem dizer, os esquerdistas descolados utilizam apenas a saúde e a educação privadas.
Quando a esquerda tem propostas novas, elas são completamente irrelevantes para a nossa vida, ou então são conflitantes com os valores do povo brasileiro. Por exemplo, no caso da segurança pública, a ideia geral da esquerda é o refrão marxista de que o crime existe por causa do capitalismo, e que a única solução para a criminalidade é o comunismo (eles preferem usar expressões como desencarceramento ou abolicionismo penal, mas a ideia geral é a mesma). Então as medidas que sempre funcionaram em toda a história – julgar e punir o bandido – são rejeitadas pela esquerda, que basicamente acredita que apenas a revolução pode corrigir problemas sociais.
Diante da irrelevância e da repugnância de suas pautas, a única coisa que sobra para a esquerda é vender-se como alternativa ao fascismo imaginário. A estratégia é criar um inimigo ficcional que seja tão ruim, mas tão ruim, que a esquerda possa se vender como a via moderada
Como essa falta de criatividade estava incomodando até mesmo a própria esquerda, eles resolveram criar soluções novas para problemas inexistentes. Por exemplo, agora descobrimos que homens e mulheres não têm diferenças biológicas, que crianças podem ser trans, e que a novidade chamada de internet é justificativa para censurar a direita.
O que a esquerda tem a oferecer, assim, como proposta para a sociedade?
Diante da irrelevância e da repugnância de suas pautas, a única coisa que sobra para a esquerda é vender-se como alternativa ao fascismo imaginário. A estratégia é criar um inimigo ficcional que seja tão ruim, mas tão ruim, que a esquerda possa se vender como a via moderada. E como os escolarizados urbanos brasileiros são meio medíocres, volúveis e carecem de autonomia intelectual, eles acabam embarcando naquilo que a hegemonia da mídia e da academia orientar. Bolsonaro é militar e fala palavrão, olha a volta da ditadura! E pronto, não é necessário muito mais que isso para galvanizar apoio à “frente democrática”.
Bolsonaro acabou servindo, ainda, como cortina de fumaça para que uma série de outros atores pudesse concentrar poder e se eximir de responsabilidades por ilegalidades – afinal, devemos combater o mal maior, o fascismo reencarnado. Se Bolsonaro existe, tudo é permitido. Como ocorre em qualquer regime comunista, há aqueles que realmente acreditam no comunismo, mas há também muitos que apoiam apenas por interesses pessoais. Assim também ocorre com o antibolsonarismo psicótico dos nossos escolarizados.
E é por isso que eu desconfio desse sadismo, dessa afetação de alegria e felicidade, que muitos esquerdistas têm demonstrado com a prisão de Bolsonaro. Não acho que esse sentimento seja generalizado na esquerda, certamente não nas lideranças políticas progressistas, que não devem ser subestimadas. Não se deve confundir a torcida com os dirigentes.
Se Bolsonaro está preso, de quem será a culpa pelas enchentes, pelas erupções vulcânicas, pelos feminicídios? Qual será a justificativa para censurar, perseguir a direita e destruir a democracia? Agora que se aprisionou o Mal, agora que acabou o pretexto, a esquerda está tendo de trabalhar, em especial na fabricação de uma nova narrativa do fascismo. E a esquerda fará isso rápido, por exemplo contra atores internacionais ou grandes empresas (como as Big Tech), e assim evitará que todos percebam que o progressismo não tem absolutamente nada a oferecer ao país além de impostos e censura.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos




