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João Frey

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Eleições municipais

Dos 30 deputados federais do Paraná, seis devem disputar eleições para prefeito

Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Luis Macedo/Agência Câmara)

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Seis deputados federais do Paraná pretendem disputar a prefeitura de seus municípios nas eleições deste ano. Com isso, parte da bancada – composta por 30 parlamentares – vai dividir as atenções entre os assuntos nacionais e a disputa eleitoral local.

Em Curitiba, dos pré-candidatos à prefeitura, três ocupam um assento na Câmara. Gustavo Fruet (PDT), Luciano Ducci (PSB) e Luizão Gourlart (Republicanos).

Desde que foi derrotado por Rafael Greca (DEM) em sua tentativa de reeleição à prefeitura de Curitiba, Fruet não esconde o desejo de disputar novamente o palácio 29 de Março. Após a derrota, ele saiu em uma cruzada para defender seu legado como prefeito e não tem perdido a chance de criticar os atos de Greca. Para confirmar sua candidatura, Fruet precisa superar disputas internas do PDT, já que o deputado estadual Goura também quer ser candidato à prefeitura.

Luciano Ducci, também ex-prefeito – ainda que em um mandato tampão – busca voltar à prefeitura de Curitiba com um novo perfil. Quando comandou a cidade, entre 2010 e 2012, sua atuação política era muito vinculada ao então governador Beto Richa (PSDB). A derrocada política de Richa abriu um novo caminho para o deputado federal. Sem a sombra e os comandos do ex-governador, Ducci se alinhou ao PSB nacional e tem adotado postura mais progressista que o habitual.

Luizão Goulart é nome relativamente novo em Curitiba. Ex-prefeito de Pinhais, na Região Metropolitana, seu principal ativo é a aprovação popular que teve ao deixar o cargo em 2016, de 93,4%. Seu desafio vai ser usar esse histórico para enfrentar nomes tradcionais da política local, como Ducci, Fruet, Greca e Ney Leprevost.

Londrina

Em Londrina, dois deputados federais também tentarão desbancar o atual prefeito, Marcelo Belinati (PP).

Boca Aberta (Pros) critica o prefeito com frequência da tribuna da Câmara dos Deputados e tem feito diversas ações em Londrina que deixam claro que a pré-campanha está a todo vapor. De perfil outsider, Boca Aberta agora tem o suporte de dois mandatos parlamentares para sua campanha: o próprio e o do filho, deputado estadual. O que pode atrapalhar seus planos e diminuir seu poder de mobilização é a suspensão do mandato por seis meses que recebeu do Conselho de Ética da Câmara.

Filipe Barros (PSL) aposta na permanência da onda bolsonarista para chegar à prefeitura. Seu maior percalço, por enquanto, foi a cisão do PSL. Diante dos desentendimentos, ele rompeu com o comando da legenda e já sabe que não conseguirá disputar as eleições pelo partido. A alternativa é a criação da Aliança pelo Brasil, empreitada em que tem apostado todas as suas fichas. Se o partido não for formalizado até abril, Barros deverá desistir da candidatura ou buscar abrigo em uma terceira legenda.

Em outras cidades, Aliel Machado (Rede) pode disputar a prefeitura de Ponta Grossa e Evandro Roman (Patriota), a de Cascavel.

Deputados licenciados

Além dos deputados que exercem o mandato, dois parlamentares que estão licenciados porque assumiram secretarias no governo de Carlos Massa Ratinho Junior também pretendem disputar as eleições. Ney Leprevost (PSD), secretário de Justiça, Família e Trabalho, deve concorrer à prefeitura de Curitba e Sandro Alex (PSD), secretário de Infraestrutura, à de Ponta Grossa.

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