O Brasil, como qualquer outro país, já viveu momentos muito ruins. Está vivendo hoje, com certeza, um dos piores de todos, com a ânsia psicótica da esquerda “moderada-civilizada”, da maioria dos juristas e também da maioria dos jornalistas, em rezar um Te Deum permanente para Alexandre de Moraes e correr atrás ele para atirar nos feridos.
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É um marco, realmente, na história universal da puxação de saco – uma das atitudes mais desprezíveis que alguém com vergonha na cara pode tomar. Mais: é um puxa-saquismo 2.0, em que não apenas bajulam o poderoso, mas utilizam o “respeito à lei e às instituições” para justificar os atos de totalitarismo mais flagrantes que o Brasil já teve desde o regime militar de 1964.
A mãe de todas as mentiras é a tese, repetida com obsessão, de que o ministro e o STF estão apenas fazendo “cumprir” a lei, e por isso têm de ser obedecidos automaticamente.
Naturalmente, há um método nisso tudo, como na loucura de Hamlet. A esquerda se ajoelha para Moraes porque gosta e precisa de ditadura. A politicalha que rouba o Erário conta com ele e com o resto da STF para continuar roubando sem medo de criar problemas com a Justiça Penal. Os empresários do tipo Odebrecht, irmãos Batista etc. precisam do seu suporte para viverem acima da lei.
Os juristas que procuram a imprensa para dar entrevistas com elogios corajosos à sabedoria de Moraes, e ao acerto de todas as suas decisões, ganham cartaz no alto Judiciário onde têm causas a defender e promoções a obter na magistratura – aliás, se fizerem alguma crítica não ganham mais causa nenhuma na Justiça, e suas carreiras entram no congelador.
Os jornalistas, enfim, têm um caso de amor com o ministro porque ninguém no Brasil de hoje é tão inimigo da liberdade de imprensa quanto eles – e, é claro, Moraes e seus colegas de Supremo. Há exceções, obviamente, e a Gazeta do Povo é uma delas. Mas a regra é essa.
A Frente Nacional de Idolatria a Alexandre de Moraes e ao STF se fecha numa trapaça suprema para justificar o seu comportamento: eles estariam salvando o Brasil de uma “ditadura de direita” em moto-perpétuo. Portanto, têm o direito e o dever de violar a lei para nos garantir o bem superior do “Estado Democrático de Direito”. A mãe de todas as mentiras, aí, é a tese, repetida com obsessão, de que o ministro e o STF estão apenas fazendo “cumprir” a lei, e por isso têm de ser obedecidos automaticamente.
É o que se vê no caso da expulsão do X no Brasil e da cassação da liberdade de palavra de 22 milhões de cidadãos brasileiros. O X e seu proprietário Elon Musk, são acusados pelo exército pró-Moraes de “não cumprir” decisões judiciais – o que seria, entre outros crimes, um desrespeito à nossa “soberania”. Mas o X não desobedeceu decisão judicial nenhuma, não aquilo que se entende como decisão judicial. Apenas se recusou a cumprir decisões patentemente ilegais do ministro.
Alexandre de Moraes, com o pleno aval do STF, promove um linchamento aberto na cara de todo o Brasil. Como em todo o linchamento, o que não falta é a multidão que bate palmas para o carrasco.
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