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O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Não que sejamos livres de pecados, mas os confessamos, nos arrependemos e buscamos o perdão, a possibilidade de nos redimir. Ainda assim, podemos ser vítimas dos grandes pecadores deste país, daqueles que não se livram da soberba, que está na raiz de todos os pecados. É a esse sacrilégio que estão entregues políticos, ministros do STF e grande parte da imprensa. Eles vivem nesse “sentimento negativo caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, o que os leva a manifestações ostensivas de arrogância, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais”.

A soberba fez vítimas nas eleições municipais na capital paulista. Faltou a Pablo Marçal a humildade que conduz a virtudes. Talvez ainda possa se endireitar e voltar... Para Joice Hasselmann, o fim da linha parece ter chegado. A soberba a atirou à solidão e à autodestruição. E não há remissão dos pecados para quem afirma que, antes da política, ganhou muito dinheiro, “como a jornalista mais importante deste país” e que “a população não está preparada para votar no que é bom, bonito e agradável aos olhos do Senhor”... Joice queria uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo; nem 2 mil eleitores acreditaram em alguém que não é próximo do verdadeiro Deus.

Na lista infecta de grandes pecadores deste país, os ministros do STF ocupam os primeiros lugares

Por mais pancadas indisfarçáveis que levem das urnas, das ruas, Lula e o PT não abandonam a soberba. Nessa arrogância, nesse orgulho desmedido, nesse desejo desordenado de autoexaltação, Lula pode se comparar a Deus. E Gleisi Hoffmann pode dizer que ele está “reconstruindo o Brasil, que Bolsonaro destruiu”... E Janja pode jurar que é amada pelo povo brasileiro... E ainda tem Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, que podem fazer o joguinho que atenderá melhor a seus interesses. A soberba é mesmo a mãe de todos os pecados.

Na lista infecta de grandes pecadores deste país, os ministros do STF ocupam os primeiros lugares. Pretensiosos, esnobes, altivos, autoconfiantes, superiores, querem ser “os editores da sociedade, os editores do Brasil”, querem “empurrar a história na direção correta”... Falam em tolerância, sendo intolerantes, reclamam de um tal “cabresto digital”, que eles próprios tentam impor. Querem aplicar suas “aulinhas sobre democracia”, rasgando leis, abandonando a Constituição. Só eles sabem de tudo; pertence a eles, e apenas a eles, toda a verdade, todos os poderes. Vão enfileirando pecados, brincando diabolicamente de Executivo e Legislativo. Não abrem mão de “promover a total recivilização do Brasil”.

A imprensa os apoia e, descaradamente, enxerga em qualquer tentativa de reconduzir o Supremo ao seu verdadeiro papel um desejo de “vingança”, uma ideia de “golpismo”. A imprensa, agarrada à soberba, com suas verdades próprias, não é mais imprensa. Aponta vingadores e golpistas inexistentes, interdita o debate, fingindo que o defende, proíbe questionamentos, como se nada, fora da sua régua distorcida, merecesse apuração. Repete o pecado do demônio contra Deus, num “desejo desordenado de excelência própria, que leva à arrogância, à desobediência ao Criador, à falta de humildade e de caridade, que amplifica outros pecados”. Por isso, a nossa guerra não tem fim, e assim deve ser. O que se exige de todos nós, principalmente, é uma luta contínua e incansável contra a soberba.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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