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A humanidade está ameaçada, e sua destruição é tramada a partir da supressão do debate. Não teremos chance, se abolirem de vez o argumento e o contra-argumento, o ponto e o contraponto, as experiências, aquilo que já vivemos. Flávio Dino já avisou que “esse tempo da liberdade de expressão como valor absoluto, que é uma fraude, uma falcatrua, esse tempo acabou no Brasil, foi sepultado”. O que nos resta, sem reação à altura, é a cova preparada pelos autoritários, pelos totalitários, tiranos, déspotas.
Dino não é o único a tentar impor o silêncio, proibir perguntas, questionamentos. E, assim, não há verdade que se estabeleça, é impossível. As leis que existem, em número excessivo até, deixam de servir. A lei agora é particular e manda todo mundo ficar quieto, exige obediência àqueles que estão no poder, os que não têm humildade e, por isso, se sentem acima do bem e do mal, têm “verdades” próprias, distorcem a realidade. Precisamos esquecer o mundo real, confiar nas mentiras que nos atiram, ou a polícia estará, logo, logo, em nossa porta. Flávio Dino já deixou muito claro: “Queremos que os senhores e as senhoras colaborem... Porque seria constrangedor para nós ter de recorrer a coercitivos”.
A ministra da Saúde, que não é médica, diz que “a ciência aceita controvérsias”, mas ela não aceita. Em sessão numa comissão da Câmara dos Deputados, Nísia Trindade chamou parlamentares de “criminosos”. Por isso: porque perguntar, ter dúvidas, pedir esclarecimentos passou a ser crime. A ministra socióloga sabe mais do que todo mundo, mais do que o criador de uma vacina, mais do que um alto executivo da empresa que fabrica essa vacina, mais do que milhões de cientistas e médicos mergulhados em experiências e resultados, que deveriam, no mínimo, nos permitir perguntar. Não, não pode mais. A ministra se retirou da sessão, carregando suas verdades inexistentes e indicando a sepultura do debate, a nossa sepultura.
Marina Silva também tem seus “nanomísseis” contra o debate. Já faz tempo que está por aí dizendo que o ser humano é um arquivilão, o grande destruidor do planeta. Para a ministra do Meio Ambiente, todos os cientistas que questionam a influência do homem nas “mudanças climáticas” são desprezíveis. O mundo vai acabar, se gente como Marina Silva não apontar o caminho, a verdade... Mesmo que ela não saiba a diferença entre escuridão, aquilo que não pode ser visto, e a cor da pele de alguém. Parece que deu branco no mundo, que esquecemos quem somos. E que fique muito claro: nós somos fruto do debate, da luta incessante pela liberdade, pela verdade.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos