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Luís Ernesto Lacombe

Luís Ernesto Lacombe

Segurança pública

Protegendo bandidos

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Lula em entrevista coletiva na Indonésia, quando disse que traficantes são "vítimas dos usuários". (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

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Não dá para ignorar esse anseio popular. Todas as pesquisas sobre o assunto indicam: os brasileiros não aguentam mais a criminalidade. A população não quer saber de proteger bandido, quer apoiar as forças de segurança. A grande maioria sabe que os heróis são os policiais. Por isso, quem detém o poder percebeu que corre sério risco se deixar explícito de que lado está... Porque não é, claro, do lado do bem...

As piruetas, o malabarismo, a encenação, isso já começou. Até o presidente da CPI do Crime Organizado, senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, tem tentado, aparentemente, encarnar um personagem. Ele disse que “o narcotráfico é o que há de mais pernicioso na sociedade brasileira e deve ser enfrentado com leis mais duras e punições mais severas”. Provavelmente pensando nas eleições do ano que vem, afirmou que a comissão não servirá de palco político e até fez críticas a Lula...

No ano que vem, parece, nenhuma palavra sobre o petista protetor de bandidos e inimigo da polícia será permitida

O petista que ocupa a Presidência da República é notório defensor de bandidos, de todos eles. Já passou a mão na cabeça de ladrões de celular, já pediu a libertação de sequestradores, protege invasores de propriedade privada, corruptos, ditadores sanguinários mundo afora... Enquanto pôde, impediu a extradição do assassino Cesare Battisti para a Itália... E insiste em defender os terroristas do Hamas. Quanto aos traficantes de drogas, Lula inventou que eles são “vítimas dos usuários” e que a megaoperação policial no Rio de Janeiro foi uma “matança”.

Seus marqueteiros estão quebrando a cabeça para tentar estancar essas falas de improviso tão sinceras. O povo não engole a historinha das “vítimas da sociedade”, que “mergulharam no crime como única chance para escapar da pobreza”... A preocupação da turma do Sidônio Palmeira é obviamente evitar que associem o regime de Lula ao tráfico e ao crime organizado. Só por isso, a ideia vil da “Bolsa Traficante” ainda não foi à frente... Sidônio, pelo menos, ainda pode contar com a ajuda de Alexandre de Moraes.

Indevidamente indicado para relator provisório da absurda ADPF das Favelas, o ministro do STF já se movimentou em favor dos bandidos e contra as forças de segurança. Como ele sabe que, depois da posse do novo ministro do Supremo indicado por Lula, vai ter de entregar a relatoria, encontrou um jeito de “controlar” o que deve ser o tema principal da campanha eleitoral do ano que vem: segurança pública. Moraes determinou que a Polícia Federal abra um inquérito permanente para investigar o crime organizado…

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Incrível que ninguém reclame que apenas a polícia e o Ministério Público poderiam determinar a instauração de um inquérito. A ilegalidade foi normalizada. Ninguém aponta que não deveria existir “inquérito permanente”, que todo inquérito deve ter uma finalidade específica, deve investigar um fato determinado. Torná-lo permanente perverte essa finalidade e transforma a investigação num instrumento de constrangimento sem fim, não de apuração. Se no ano que vem o TSE não terá Moraes como presidente, o ministro prepara suas artimanhas também para proteger Lula.

O novo inquérito será usado para controlar o debate público e político do país. De novo, teremos censura, teremos perseguição. Se em 2022 proibiram que tratassem Lula como corrupto e lavador de dinheiro condenado em todas as instâncias, amigo de ditadores, defensor do assassinato de bebês no ventre das mães, no ano que vem, parece, nenhuma palavra sobre o petista protetor de bandidos e inimigo da polícia será permitida. A campanha de Lula vai pedir a censura de Lula... Tudo o que ele disse e ainda dirá de forma até criminosa deve desaparecer, mesmo que seja sua mais pura representação.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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