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Luiz Philippe de Orleans e Bragança

Luiz Philippe de Orleans e Bragança

Sete de Setembro é o seu dia!

Independência ou morte, de Pedro Américo. Óleo sobre tela, 1888. (Foto: Wikimedia Commons)

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Esta é a data de nascimento da identidade do brasileiro e é maior do que qualquer ideologia política ou partidária. Um dos aspectos mais vitais do Dia da Independência do Brasil e  por isso não necessita de propaganda ou evento organizado por governo nenhum, pois ele transcende a tudo e a todos na nação. É um dia para todos, pois gerou todos os aspectos que compõem nossa grande nação. 

Um dos defeitos da psique brasileira, criada pelo sistema de ensino, pela mídia, pelos  artistas e até por nossas famílias é sistematicamente negar a legitimidade dos fundamentos históricos que conduziram o país ao estado atual.  Apequenar e negar os símbolos e heróis, datas e marcos de avanços políticos, econômicos e sociais que ocorreram é método político de enfraquecimento da sociedade.  

Sem dúvida, nossa evolução não foi perfeita, com seus percalços, conspirações, golpes, atrasos e conflitos. Poderíamos estar muito além do que estamos hoje? Sim. Mas chegamos aqui melhor que a maioria das nações do mundo. Hoje somos uma potência social, cultural, econômica e regional.  Por incrível que pareça, temos instituições políticas com mais tradição que muitos países desenvolvidos.  Por isso, se há problemas maiores na nação brasileira de hoje são o de não reconhecermos que somos essa potência e de não exigir liderança de nós mesmos e de nossos governantes.  Não é exagero. Precisamos nos auto impor nossa condição de liderança. É uma exigência para conosco, em nossas famílias e com nossos filhos. E quando a fizermos, isso tudo vai mudar para muito melhor. É acreditar para ver. A obviedade de nossa liderança já é clara para todos ao redor do mundo exceto para nós mesmos.  E o maior inimigo que temos é o nosso modo de ser, moldado por comportamentos de servilidade, de coletivismo e de pobreza que dominam nossas mentes, corações, e por consequência, nossa representação política há muito tempo.

A obviedade de nossa liderança já é clara para todos ao redor do mundo exceto para nós mesmos

Eu chamo a isso de ethos do “inho”:  cafezinho, churrasquinho, cervejinha, casinha, carrinho, mulherzinha, maridinho etc. Esse ethos, por mais que desarme e “humildifique” nosso ego coletivo, também nos diminui como povo, enfraquece-nos e torna nossas exigências pequenas, fortalecendo aventureiros sociopatas corruptos que prometem mais “inho”, para nos manter na condição passiva de sempre.    

Essa postura é inversa à de D. Pedro I. Ele sabia que sair de uma atitude passiva para ativa gerava desconforto. O brado da independência foi uma decisão contra a servilidade e os benefícios que ele, d. Leopoldina e José Bonifácio poderiam obter ao simplesmente sucumbir às vontades das cortes portuguesas. Ao contrário, eles assumiram a liderança e decidiram pela independência. Estavam plenamente conscientes dos desconfortos que isso traria, não só para eles, mas para toda a nação brasileira naquele momento.

O nosso futuro de liderança forte, soberana, próspera, influente e livre de ditadores e de corruptos depende da nossa reconciliação com nossa história (nossos pais e mães do passado), da nossa consciência de grande missão como povo e nação que temos e de que tudo isso está ao nosso alcance,  pois faz parte de quem somos.  O nosso ethos do “ão” (do churrascão, do carrão, do jogão, do golaço, do maridão, do mulherão, do “maior e melhor do mundo”) também existe dentro de nós e só precisa de um “empurrãozinho” para se tornar dominante.

Associado ao ethos do “ão” vemos os atributos de liderança, força, independência, autossuficiência e autodeterminação que precisamos para exercer nosso destino conjunto. Isso significa ser líder em ciência e tecnologia, matemática, filosofia, na língua escrita, nas artes, nos influências de padrões de consumo regional e mundial Nos fóruns de política percebemos claramente como o respaldo do comportamento e das exigências da sociedade refletem nas decisões.  Destaco este ponto, pois não é uma questão de definir se é o “ovo ou a galinha” que vem primeiro. Nesse caso, são nítidas a causa e consequência; a mudança começa na sociedade.

Aos que percebem o nosso país à luz da grandeza que sempre fomos, celebremos nossa independência em grande estilo.  Aos outros, que ainda não veem o país dessa maneira, sugiro refletir sobre o que mencionei acima e definir se não é seu comportamento que pode estar afetando sua percepção. Quem sabe o dia 7 de setembro possa ser um renascimento para algo muito melhor?

Seja como for, Sete de Setembro é o seu dia. Celebre-o como bem entender. Parabéns a você, brasileiro, é o seu aniversário!

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Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

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