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Já estamos nos primeiros dias de 2025. Antes de continuar, ao caro leitor, além de estimar que tenha passado bem os festejos de fim de ano, desejo-lhe ainda um feliz ano novo! E, ao nosso Brasil, que 2025 seja de fato um ano novo apesar de parecer muito mais um ano velho. Algo como… 2015, por exemplo.
O Brasil enfrentava a pior recessão econômica de sua história. As estatais, além de darem enormes prejuízos, eram também loteadas politicamente e alvos de roubalheira desenfreadas. O risco país disparava, a bolsa despencava, o dólar subia, a inflação estava descontrolada e a dívida pública crescia de forma alarmante. O governo petista de Dilma Rousseff errava a mão em todos os sentidos. O terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, dez anos depois, também.
O único alento para o atual governo petista, pelo menos sob o ponto de vista do marketing que admite meias verdades, são, supostamente, o crescimento do PIB - apesar de modesto -, e o nível de emprego. São meias verdades, porém, pois o crescimento do PIB inclui os gastos do governo e o percentual de empregados só considera a população efetivamente no batente ou em busca de emprego, excluindo do cômputo milhões de brasileiros que dependem de benefícios sociais ou que estão na economia informal - ou ambos. Arredondando os números, para cada dois brasileiros no mercado formal, há um que recebe o Bolsa Família e outro que está na informalidade.
Trata-se de uma situação insustentável e que possui um agravante: a transferência de renda às avessas que é feita no Brasil dos mais pobres para os mais ricos. Enquanto brasileiros se preparavam para celebrar a virada do ano, Lula decidiu ampliar ainda mais o fosso existente entre ricos e pobres no Brasil. No apagar das luzes de 2024, foi assinada em 31 de dezembro a MP 1286/2024, que concede aumentos aos servidores públicos e reestrutura carreiras federais.
O governo petista de Dilma Rousseff errava a mão em todos os sentidos. O terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, dez anos depois, também
Justamente aqueles que hoje já têm salários maiores do que o dos demais brasileiros, tanto em comparação com a média salarial praticada no Brasil como, também, ao comparar os salários de trabalhadores no serviço público e privado que desempenham equivalentes funções e têm idênticas atribuições, receberam, de forma genérica, um novo acréscimo remuneratório. Não se trata aqui de discutir mérito ou justiça das carreiras específicas: trata-se de lembrarmos que o Brasil está em rota de falência, de empobrecimento generalizado, e o governo petista, além de não cortar gastos desnecessários e desperdícios exorbitantes como deveria, ainda decide aumentar despesas públicas em meio ao caos.
Quero insistir em desejar ao leitor um feliz 2025; mas, se de fato este ano novo for mesmo como o de 2015, o país só voltará a ter perspectiva de ser feliz, mesmo, no ano seguinte. Em 2016, tivemos o impeachment de Dilma Rousseff e a assunção ao poder de Michel Temer, que começou a colocar o país novamente em ordem após o cataclisma petista. Se não repetirmos o caminho que impusemos a Dilma - ou seja, o do impeachment, que tem minha franca preferência desde que Lula assumiu -, em 2026 teremos eleições para voltar a corrigir os rumos em que hoje nos encontramos. Até lá, para termos pelo menos um ano de 2025 menos infeliz, será fundamental o trabalho firme e decidido da oposição em fiscalizar, denunciar e desgastar Lula e o petismo publicamente pela irresponsabilidade que estão praticando com o Brasil para que tenhamos um feliz 2026.
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Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima