Ouça este conteúdo
Ah, os doces de ovos. Esses me quebram, conforme já escrevi algumas vezes aqui.
Aprecio um bom chocolate, mas não sou chocólatra. Aqueles doces com leite condensado, os brigadeiros e coisas assim, também para um belisco e outro.
Mas quando tenho a combinação ovo e açúcar, sai da frente. Escrevi ainda recentemente ao contar dos doces conventuais portugueses da Du André Culinária Portuguesa (confira aqui), ao delirar por ovos moles e todas as variações com gema que são deliciosas.
Mas é bom lembrar que doces de ovos não são feitos apenas com gemas. As claras, por exemplo, combinadas com açúcar, batidas e levadas ao forno, fazem os suspiros e merengues que vão tão bem a qualquer momento. Também o marshmallow, que os norte-americanos adoram (até na brasa). Mas são a base de um doce que os italianos assinam com orgulho, o torrone. A combinação da clara com açúcar, mel e as sementes, frutas secas ou frutas cristalizadas é imbatível. Quando tenho em mãos, preciso de muita concentração para saber parar.
Como os que tenho em mãos agora, concebidos, elaborados, produzidos e que começam a ser comercializados pela confeiteira Renatta Ferian, que é um ícone por essas bandas, pelo que já apresentou de sucesso em tortas e doces. O maior deles – e acho que todos sabem – é a Torta Banoffi, trazida para cá por ela há quase 20 anos, até relacionar os sabores com a cidade de Curitiba.
Hoje a torta inglesa está consolidada por aqui, surgiram alguns concorrentes (o que é natural), mas a marca do pioneirismo ninguém tira de Renatta.
E é o que ela pretende replicar com o lançamento de seus próprios torrones. Havia algum tempo ela vinha pensando em lançar outro doce, que, a exemplo da Banoffi, também não necessitasse de conservação sob refrigeração. Um presente de uma amiga que veio da Europa instalou a luz da ideia, reforçada pelo período em que morou na Itália, onde provou alguns torrones incríveis.
E vem a Torroneria
A confeiteira foi atrás das receitas originais e deparou com um mundo de possibilidades na constituição, utilizando amêndoas, avelãs, pistaches, casca de laranja, frutas vermelhas e vários outros sabores. No dia 1º de abril deste ano, fez sua primeira receita e, de lá pra cá, foram inúmeros testes e várias surpresas, que considerou muito agradáveis.
E foi assim que nasceu a Torroneria Curitibana por Renatta Ferian, a primeira empresa especializada em torrones artesanais no mercado curitibano.
Para o lançamento, serão três sabores: Pistache 70% (com 30% de amêndoa), Amêndoa ou Misto (contendo amêndoa, avelã e pistache). São dois tamanhos, de 45g e 90g. O preço unitário dos torrones varia de R$ 10 a R$ 23, mas podem ser diferentes para quem comprar para revender.
Sim, porque esse é o objetivo maior de Renatta Ferrian, espalhar torrones pela cidade. A ideia dela é fazer com que os torrones tenham uma grande capilaridade em diferentes frentes do varejo, que esteja presente em supermercados, empórios, restaurantes, cafeterias e até em posto de gasolina, se for o caso.
O ousado plano é fazer com que esse produto ganhe escala em nível Brasil. Mas, antes de alçar voos pelo território nacional, a confeiteira quer conquistar primeiramente a capital paranaense. Como fez com seu Banoffi, hoje uma identidade curitibana com fama nacional.
Os torrones já podem ser encontrados em vários pontos de Curitiba, como Cantina do Délio, Banoffi, Família Farinha, Trigos, Saint Germain (Batel e Ecoville/Mossunguê), Quintana Café e Chiffon Cakes. Em Mafra/SC, Café Mallon.
Isso por enquanto. Mas, o número de locais está aumentando a cada dia.
Para gáudio de nós todos, que apreciamos torrones e suas variações.
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=
Entre em contato com o blog:
Blog anterior: http://anacreonteos.blogspot.com/
Twitter: http://twitter.com/AnacreonDeTeos
E-mail: a-teos@uol.com.br