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Economia

Após ano de sufoco, indústria automotiva paranaense começa a retomar fôlego

Volvo
Linha de montagem da Volvo em Curitiba (Foto: Divulgação)

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Pilar importante da economia paranaense, a indústria automotiva está, aos poucos, superando as derrapagens do último um ano e meio. Após ter as linhas de montagem interrompidas por vários meses por conta da pandemia e da crise de componentes, as montadoras que atuam no estado retomaram a confiança e já programam investimentos de curto prazo.

Atualmente, a maioria das montadoras no estado já retomou sua produção. Algumas, inclusive expandiram suas linhas de montagem. A Volvo, por exemplo, abriu o segundo turno da produção no complexo industrial de Curitiba. A montadora justifica a retomada pela alta procura da linha de caminhões VM, que são produzidos na planta paranaense. Em 2020, indica a empresa, a linha teve 24% de alta nos emplacamentos e em 2021 seguiu com demanda alta.

A planta curitibana da Volvo não operava em dois turnos desde 2015, quando a montadora diminuiu a produção de caminhões em face da queda na demanda.

Outra empresa que decidiu renovar a aposta no Paraná é a Audi. A indústria alemã afirmou, neste mês, que irá voltar a montar carros no complexo de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, que divide com a Volkswagen. A retomada se dá um ano após a empresa suspender a produção de veículos no Brasil.

Apesar disso, a Audi ainda não definiu valores de investimento ou geração de empregos na sua volta a Curitiba. A empresa diz que tais questões só serão definidas após a resolução de um impasse com o governo federal que se arrasta há anos. A empresa cobra um benefício fiscal de uma política de incentivos de 2013.

Quem já definiu valores de aporte, no entanto, é a fabricante de caminhões Daf, de Ponta Grossa. A empresa vem em uma boa toada de conquista de mercado e, para aumentar a sua fatia, anunciou recentemente investimento de R$ 395 milhões para ampliar sua fábrica nos Campos Gerais. O novo aporte, que será feito nos próximos quatro anos, deverá gerar, inicialmente, 180 novos empregos diretos.

Apesar de o movimento de retomada ter se intensificado no segundo semestre de 2021, o maior aporte foi anunciado ainda em março, quando a Renault do Brasil, cuja fábrica fica em São José dos Pinhais, apresentou investimento de R$ 1,1 bilhão na atualização de seu portfólio de produtos.

A empresa, na ocasião, prometeu cinco novidades até a metade de 2022. Estão nos planos da empresa renovar a gama de carros que já produz, trabalhar em um motor turbo e lançar dois veículos elétricos.

Cadeia produtiva da indústria automotiva também avança

A retomada da indústria automotiva mexe também com toda a sua extensa cadeia produtiva, que passa pela produção de peças, plásticos e pneus.

Neste último quesito, entra a Sumitomo Rubber do Brasil, que anunciou, em julho, um investimento também bilionário no Paraná. A empresa vai aportar R$ 1 bilhão em sua fábrica em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba. Com esse dinheiro, deve aumentar sua capacidade de produção de pneus para veículos de carga e de passeio e gerar, até 2025, 300 novos empregos no estado. A empresa japonesa é responsável pela fabricação de pneus das marcas Dunlop, Falken e Sumimoto.

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