Uma prótese de mão feita a partir de impressão 3D deve diminuir substancialmente o custo desses dispositivos em Curitiba. Um protótipo criado pelos estudantes de engenharia eletrônica Andrey Hertel e Lucas Cândido da Silva, e pelo engenheiro mecânico Arturo Vaine, foi tirado do papel com o investimento de R$ 1,5 mil. No mercado, um equipamento com a mesma função pode chegar a custar R$ 150 mil. O modelo criado no Paraná foi pensado, especialmente, para amputações abaixo do cotovelo e acima do pulso.
Responsável por criar o produto, Hertel iniciou o projeto no ano passado motivado por sua própria história. O estudante nasceu com agenesia - atrofia de órgão - e dedicou-se a criar a prótese capaz de transformar estímulos musculares em impulsos elétricos, produzindo assim movimentos dos dedos artificiais. “Não é apenas o custo, através da impressão 3D, que baixa. O material é muito mais leve, tornando a prótese mais acessível”, explica Hertel.
“Quando criei a prótese busquei resolver um problema e agora quero também ajudar outras pessoas. Sei como é difícil ter acesso a próteses mais acessíveis e com as funcionalidades necessárias para ajudar as pessoas no seu dia a dia. Queremos vender não apenas próteses, mas uma mudança de vida”, afirma.
Agora, o projeto está recebendo orientação dos conselheiros do Sebrae-PR para ser lançado no mercado com uma sólida estratégia de vendas. A instituição também está auxiliando os estudantes a obter a licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização do dispositivo.
“Eles terão capacitação para que os modelos sejam testados, validados e para que a primeira venda seja realizada em seis semanas. Serão consultorias personalizadas para que a gente chegue a um protótipo final, para a construção de um modelo de negócios sustentável, rentável e com o planejamento para as próximas etapas do negócio”, afirma o consultor do Sebrae, Vinícius Galindo de Mello.