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O Hospital Pequeno Príncipe foi destaque internacional por suas ações ambientais. As iniciativas foram apresentadas no encontro anual do Fórum Executivo Internacional dos Hospitais Infantis (Children’s Hospital’s International Executive Forum – CHIEF), que ocorreu em Barcelona, na Espanha. Entre as quase 30 instituições de saúde de 12 países presentes, o hospital brasileiro é o único do mundo que possui um indicador de saúde ambiental como parte do seu planejamento estratégico.
Esse índice monitora o consumo de energia elétrica, água e resíduos de saúde por paciente/dia, e estabelece um indicador único a partir da média das metas individuais de cada item, definidas com base nas taxas registradas nos últimos dez anos. Historicamente, os dados do Pequeno Príncipe sempre ficaram abaixo da média dos indicadores dos principais hospitais privados do Brasil, de acordo com o relatório da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anaph).
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Em 2023, o Hospital superou a sua meta de saúde ambiental em 10%. Em relação ao consumo de energia elétrica, a instituição registrou 32,90 KWh/paciente/dia, índice 70% inferior à média nacional que foi de 109,55 KWh/paciente/dia. O consumo de água também foi menor: 0,76m³/paciente/dia contra 0,89m³/paciente/dia. Considerando os resíduos hospitalares, o Pequeno Príncipe produziu 1,70kg/paciente/dia, metade do índice nacional (3,40kg/paciente/dia).
O Pequeno Príncipe apresentou ainda dados da sua geração de gases de efeito estufa (GEEs), que afetam o clima gerando aquecimento global, e as ações de mitigação e compensação, além do planejamento futuro para chegar a um balanço positivo para o consumo de natureza.
Signatário do Pacto Global, o Hospital foi o segundo do Brasil – e o primeiro pediátrico – a neutralizar suas emissões de carbono, ao quantificar, em 2019, suas emissões e realizar uma parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) no município de Antonina, litoral do Paraná. Ali, a instituição assumiu a manutenção de uma área reflorestada com espécies nativas, de dez hectares, na Reserva Natural das Águas.
A instituição é signatária da campanha Race To Zero e do Programa Empresa Amiga da Mata Atlântica. Com a adesão, as organizações assumem o compromisso de alcançar uma redução de 50% de suas emissões mensuráveis de GEEs até 2030 e zero emissões líquidas de carbono até 2050.
Nessa direção, também concluiu a migração do Mercado Cativo de energia elétrica para o Mercado Livre, que utiliza fontes renováveis. Atualmente, 98% da energia adquirida provém de fontes renováveis (hidrelétrica, solar e eólica). Além de diminuir as emissões, a transição também garantiu uma redução de 40% nos custos de energia.
Mirando à eficiência energética, houve ainda investimento na instalação de uma usina fotovoltaica, com 283 painéis solares, por meio de um projeto desenvolvido em conjunto com a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A medida fez com que o Hospital deixasse de emitir 52.636,4 quilos de gás carbônico para a atmosfera, o equivalente à preservação de 7,2 mil árvores e se abastasse, produzindo 6% de sua energia consumida.
“Tendo em mente tudo que está acontecendo no planeta por causa das mudanças climáticas, não há como não pensar em aprofundamento de nossas ações ambientais. Vivemos uma crise ambiental, por isso precisamos radicalizar e oferecer o exemplo. É urgente mergulhar no que possa ser inteligência climática e ambiental”, destaca o diretor-corporativo do Complexo Pequeno Príncipe, José Álvaro Carneiro.