Donald Trump, o homem que foi eleito pelo povo americano para ocupar o cargo mais importante do país, levou um sermão. Ele foi eleito numa eleição limpa, ninguém contestou a legitimidade dessas votação, teve uma vitória histórica do povo americano, e foi, na verdade, insultado pela bispa de Washington. Não sei se vocês sabem, mas Washington DC é uma das cidades mais esquerdistas da América.
Vamos ao que a bispa da Igreja Episcopal dos EUA em Washington, Mariann Edgar Budde, falou durante a cerimônia realizada na terça-feira (21), na St. John’s Episcopal Church, em Washington, como parte das celebrações da posse de Trump, ocorrida na segunda-feira (20).
“Em nome do nosso Deus, eu pedi a você que tenha misericórdia sobre as pessoas do nosso país, que estão com medo agora. Há gays, lésbicas e transgêneros crianças em famílias democráticas, republicanas e independentes. Algumas que tem medo por suas vidas. As pessoas que escolhem nossos produtos e limpam nossos prédios de oficina, que trabalham nas faixas de pouso e nas plantas de pacote de carne, que lavam os pratos depois de comer em restaurantes e trabalham as noites em hospitais. Eles não podem ser cidadãos ou ter a documentação adequada, mas a maioria dos imigrantes não são criminosos. Eles pagam taxas e são nossos bons vizinhos. Eles são membros feitos de nossas igrejas e mosques, sinagogas, hudara e templos”.
Ela também condenou, a normalização da cultura do desprezo e o incentivo à polarização promovidos pelas Big Techs, que ela classificou como um “complexo industrial da indignação” projetado para dividir as pessoas. O que ela está querendo dizer aqui? Eu traduzo para vocês. Na verdade, quando elas falam que a polarização tem que ser controlada, eles estão defendendo, é censura. O problema deles, o problema da esquerda em geral, não apenas nos Estados Unidos, é o seguinte. Tudo que vai contra a agenda esquerdista é desqualificado como sendo discurso de ódio.
Trump diz que bispa de Washington é “esquerdista radical” e exige desculpas públicas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a bispa da Igreja Episcopal dos EUA em Washington, Mariann Edgar Budde, em uma postagem feita nesta quarta-feira (22) em sua rede social, a Truth Social.
Em sua publicação, o presidente afirmou que “a suposta bispa que falou no Serviço Nacional de Oração na manhã de terça-feira é uma esquerdista radical linha-dura que odeia Trump. Ela trouxe sua igreja para o mundo da política de uma forma muito desagradável. Foi grosseira no tom, nada convincente ou inteligente”.
Ele acusou Budde de ignorar os crimes que teriam sido cometidos por imigrantes ilegais nos Estados Unidos: “Ela não mencionou o grande número de imigrantes ilegais que entraram em nosso país e mataram pessoas. Muitos foram liberados de prisões e instituições psiquiátricas. É uma onda gigante de crimes acontecendo nos EUA”.
Bispa criticada por Trump diz que não pedirá desculpas ao presidente
Na quinta-feira (23) Budde disse que não pretende se desculpar com o republicano.
"Não sinto que haja necessidade de pedir desculpas por um pedido de misericórdia", afirmou a bispa, que negou ser "uma esquerdista radical" que odeia Trump, como o presidente a definiu. "Eu não o odeio e rezo por ele", acrescentou em entrevista à rede pública de rádio e televisão NPR.
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