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O vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, fez um discurso histórico na última sexta-feira, durante a 61ª Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha. Em termos diplomáticos, foi uma fala bastante dura, em que Vance criticou os ataques à liberdade de expressão e o desrespeito à vontade popular em países da União Europeia.
O vice de Donald Trump também alertou sobre os perigos do processo de imigração em massa e citou o ataque terrorista ocorrido um dia antes em Munique, quando um afegão de 24 anos atropelou um grupo de manifestantes, causando a morte de uma mulher de 32 anos e de sua filhinha de apenas dois.
A fala de Vance, por sua sinceridade, provocou choro e ranger de dentes entre líderes globalistas europeus. Como já disse a historiadora Françoise Thom, a propósito da novilíngua da esquerda, certa casta de políticos tem como objetivo primordial “proteger a ideologia dos ataques maliciosos da realidade”. E foram exatamente esses políticos que Vance alvejou na sexta-feira, atacando-os com a verdade.
Em certos momentos do discurso, quando mencionou eleições ganhas com base na censura e na perseguição de adversários, Vance parecia estar falando de um país que conhecemos.
O filme “Era uma vez um sonho”, baseado no best-seller de J. D. Vance, narra a trajetória desse filho de trabalhadores que superou inúmeras dificuldades para se tornar vice-presidente do país mais poderoso do mundo aos 40 anos. Tanto o livro quanto o filme ajudam a explicar a ênfase de Vance na defesa da vida, da verdade e da liberdade. E essa trajetória acabou levando-o para Deus: em 2019, Vance tornou-se católico.
Em Munique, Vance mencionou um episódio que eu gostaria de destacar aqui:
“Há pouco mais de dois anos, o governo britânico acusou Adam Smith-Connor, um fisioterapeuta de 51 anos e veterano do Exército, do crime hediondo de ficar a 50 metros de uma clínica de aborto e orar silenciosamente por três minutos, sem obstruir ninguém, sem interagir com ninguém, apenas orando silenciosamente sozinho”.
É isso mesmo que vocês leram, meus sete amigos.
Smith-Connor foi condenado a pagar uma pesada multa em libras apenas por estar rezando sozinho em silêncio
Naquela mesma clínica, duas décadas antes, Smith-Connor pagou o aborto de uma ex-namorada. As preces silenciosas, segundo ele, se destinavam à memória de seu filho não nascido. Arrependido do que fez, o veterano do Exército apenas se dirigia a Deus. Mas isso está proibido na Inglaterra: nas cercanias das clínicas de abortos, orar é um crime.
Ao tomar conhecimento do discurso do vice-presidente americano, Adam Smith-Connor manifestou-se:
“Sou imensamente grato ao vice-presidente Vance por expor minha situação aos líderes mundiais. Ninguém deve ser criminalizado por suas orações, seus meros pensamentos. Este caso expôs as autoridades do Reino Unido diante do mundo, pois elas permitem que a ‘polícia do pensamento’ processe pessoas pacíficas e inocentes pelo que se passa em suas mentes”.
E por que esse assunto mexe tanto comigo? A razão é simples, meus caros. Quase todos os dias, eu passo diante da casa em que antigamente funcionava uma clínica de aborto e rezo silenciosamente.
Em 1992, da mesma maneira que Smith-Connor, eu entrei naquele local com uma ex-namorada, e ali foi cometido o assassinato de um bebê. Se tivéssemos deixado nascê-lo, ele completaria agora 33 anos — a plenitude da idade, em que todos vamos ressuscitar.
Todos os dias eu me arrependo por ter entrado naquele lugar. Todos os dias peço o perdão de Deus. Todos os dias penso naquela criança. Todos os dias rezo em silêncio pela vida a quem negamos o direito de nascer.
Só espero que não me prendam por essa oração.
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Conteúdo editado por: Aline Menezes




