É claro que eu não poderia deixar de falar hoje sobre o discurso de Donald Trump, o proferido às 14 horas da segunda-feira, 20 de janeiro de 2025. Essa data tem um significado muito especial, porque além de ser a data da posse do novo presidente, coincidentemente, em 2025, também foi a data do Martin Luther King's Day, o dia de Martin Luther King, o grande defensor dos direitos civis que foi assassinado em 1968. Um dos maiores oradores da história americana, comparável a Lincoln e a outros grandes oradores que tivemos, Martin Luther King, que tem aquele famosíssimo discurso de 1963, "I have a dream", em que ele repete várias vezes essa frase, "I have a dream", eu tenho um sonho, um sonho em que todos possam conviver na América sem que sejam julgados pela sua cor ou por qualquer outra condição.
Então, esse discurso foi citado literalmente pelo Donald Trump. Martin Luther King foi citado. E Trump disse, a certa altura do discurso, que ele compartilha desse sonho, um sonho em que ninguém mais seja julgado por pertencer por ter uma cor de pele, por pertencer a uma religião, por ser homem ou mulher. E ele começou o discurso dizendo que ali estava sendo inaugurada a nova era de ouro dos Estados Unidos. Foi um discurso muito contundente que me fez lembrar outra personalidade do século XX, que foi o escritor católico ingles J. K. Chesterton. Ele é autor de maravilhosos livros como "a Ortodoxia", "o Homem Eterno" e outros livros sensacionais. Chesterton certa vez disse uma frase muito importante: que chegaria o tempo em que seria necessário provar que a grama é verde. E eu me lembrei disso no momento em que Donald Trump prometeu acabar com a cultura identitária no governo americano. A certo momento do discurso, Trump diz que as nossas crianças estão sendo levadas a odiar os Estados Unidos. Isso é uma coisa muito grave. E a reação do povo americano ao eleger Donald Trump foi muito clara. Em determinado momento do discurso, ele se refere ao atentado, que quase lhe tirou a vida em julho do ano passado, por uma questão de milímetros.
Outro anúncio importante que ele fez já falando sobre as medidas que ele assinou logo depois da posse é a readmissão de todos os militares que foram demitidos durante o governo Biden por não se vacinarem.
Consequências para o Brasil
Trump também garantiu que o Estado americano, a estrutura americana, a máquina pública americana não será colocada mais para perseguir adversários políticos, como foi feito contra ele e como é feito aqui no Brasil. Quer dizer, isso pode ter um impacto para nós aqui também.
Entre outros anúncios muito importantes, a emergência nacional na fronteira, A qualificação, aliás, a denominação dos cartéis de drogas. Os cartéis de drogas, a partir de agora, serão todos considerados como organizações terroristas. Então, o que nós vimos, na verdade, foi uma espécie de refundação dos Estados Unidos, feita ali, naquele dia 20 de janeiro, que é o dia de Martin Luther King, do apóstolo da liberdade, do apóstolo da justiça e dos direitos civis, No dia 20 de janeiro, que para os católicos é o dia de São Sebastião, padroeiro contra as guerras, contra as pestes, contra os abusos de poder. A revolução do bom senso e o sonho de liberdade.
Para terminar, eu não poderia deixar de registrar que o deputado Nikolas Ferreira está lá nos Estados Unidos e foi convidado para o Baile da Liberdade. Sim, o Baile da Liberdade. Está presente lá o novo presidente americano, 47º presidente dos Estados Unidos. Ele até se emocionou bastante com esse convite. E eu me lembrei de uma grande escritora brasileira, Cecília Meireles, que no seu Romanceiro da Inconfidência, escreveu aqueles versos imortais:
Liberdade, essa palavra
Que o sonho humano alimenta
Que não há ninguém que explique
E ninguém que não entenda.
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