No episódio de Briguet Sem Medo deste domingo (3), Paulo Briguet aborda o recente escândalo das cotas na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Primeiramente, ele relembra a tese de Karl Marx sobre Feuerbach, na qual o filósofo defende que o mundo deve ser transformado. Para Briguet, essa visão pode gerar imposições ideológicas que afetam a realidade, e o exemplo das cotas é uma dessas situações.
Na UEL, as cotas nas residências médicas foram aplicadas de forma controversa. Em quatro especialidades de alta concorrência — oftalmologia, dermatologia, psiquiatria e cirurgia do aparelho digestivo —, 100% das vagas foram destinadas a cotistas, o que superou o limite de 30% estipulado pelo regulamento. A decisão provocou forte revolta entre candidatos e pais, que consideraram a medida injusta.
Tendência à expansão das cotas
Diante da insatisfação, a UEL reconheceu o erro e anulou os editais, justificando que a causa teria sido um "algoritmo". A frustração de pais e candidatos foi grande, afinal, após anos de dedicação ao curso de medicina, esses estudantes se viram impedidos de avançar na carreira. Briguet ainda critica o que vê como uma tendência à expansão das cotas, não apenas no meio acadêmico, mas também em outras áreas.
Para Briguet, esse cenário reflete os estudos de Thomas Sowell, economista americano que critica ações afirmativas. Segundo Sowell, cotas beneficiam apenas uma elite de cada grupo, e não o coletivo. Por fim, Briguet faz um alerta: o Brasil caminha para uma "cotização geral", imposta em setores diversos, afetando tanto empresas quanto universidades.
Assista ao Briguet Sem Medo às quintas e domingos
Uma análise sem amarras sobre os fatos da política e do cotidiano em formato de crônica, com o jornalista Paulo Briguet. Todas as quintas, às 8h, e domingos, às 20h, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.
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