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Platitudes

Terrorista do Hamas ouve Lula e compreende o “erro” que cometeu

Lula Hamas erro
Lula: "Espero que o Hamas tenha compreensão do erro que cometeu". Sim, ele mandou essa mesmo! (Foto: Reprodução/ Twitter)

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Mohamed da Silva está lá num túnel sob um hospital de Gaza. Escondido e acovardado com seus companheiros terroristas do Hamas, ele passa o tempo se vangloriando das atrocidades que cometeu no dia 7 de outubro. “Aí eu desci já atirando assim, ó, no meio da rave. A galera curtindo o tuntitum e eu só no parapapá. Aí eu. Aí eu”, diz Mohamed, numa mistura de árabe e carioquês. Mas claro que não vou reproduzir aqui o relato inteiro.

Até aquele momento, ele tinha motivos para estar animado. Afinal, do mundo externo vinham notícias as mais promissoras. “O Ocidente inteiro tá do nosso lado. Londres, Berlim, Paris. Até os ██████+ tão do nosso lado!”, contou outro Mohamed dia desses, tentando distrair os terroristas em meio aos bombardeios israelenses lá fora. “A galera não tem mais vergonha de ser antissemita, não. Até os americanos de Harvard, cara. De Harvard! Perseguir judeu tá na moda”, disse ele, a voz trêmula de emoção. Pena que, dois dias depois de dar essa auspiciosa notícia, Mohamed 2 foi sentenciado à morte e jogado de um prédio. Por que será, hein?

Cansado de contar pela enésima vez o que fez com uma velhinha no kibutz Be’eri, Mohamed da Silva tenta se acalmar, pensando que, apesar de ter agido como um monstro, está do lado certo da história. Ele começa até a cantarolar uma musiquinha do Pink Floyd, mas é interrompido pelo terceiro Mohamed desta história. “Fala, Mohama. Bonita história, hein?! Bebê decapitado, velhinha violentada e tudo. Assim é que eu gosto”, diz Mohamed 3. E, mostrando a tela do celular, pergunta: “Esse aqui não é o teu presida? O que é que ele tá falando, mermão?”.  
 
(No caso de Mohamed 3, convém esclarecer que o sotaque carioca é culpa do tradutor).

Mohamed da Silva pega o celular e, assim que vê a imagem de Lula, tem que conter uma maldita lágrima do burguês sensível que nunca deixou de ser. Sentindo que todo o seu ser faz o L, ele ouve as palavras do homem que tanto ama. Mas espere um pouco! O que é que o Lula está dizendo? Não é possível! “Espero que o Hamas tenha compreensão do erro que cometeu”, diz Lula. A Mohamed nada resta a não ser obedecer.

“A gente cometeu um erro!” 

Ao ouvir aquelas palavras do profeta maior do petismo, Mohamed da Silva se lembra de quando era uma criança/ E de tudo o que vivera até ali/ E decidiu entrar de vez naquela dança... (Desculpe). Mohamed se lembra de quando era apenas Sebastião e nem sonhava que um dia mataria judeus para instaurar um Estado Palestino governado pela, digamos, democracia sanguinolenta do Hamas. De quando, na escola pública, o professor Lenine Marx Figueroa lhe disse que “Hitler não era tão mau assim” e “estava certo em algumas coisas”. De quando depois, no Centro Acadêmico Celso Amorim da Faculdade de Relações Internacionais da Unitreze, aprendeu as virtudes e a beleza da violência revolucionária.

Depois de remoer as palavras do painho, Mohamed sente o remorso na garganta. Pelo menos é o que parece aqui de longe. Ele se levanta, joga o fuzil no chão e se põe diante dos demais covardes, digo, terroristas. “القرف المقدس! القرف المقدس! ارتكبنا خطأ! قال لولا أننا ارتكبنا خطأ!”, grita ele em árabe. Mas, como ninguém entende nem vai se dar ao trabalho de colocar no tradutor do Google, Mohamed é obrigado a repetir: “Caraca, mermão! Caraca, mermão! A gente cometeu um erro! O Lula disse que a gente cometeu um erro!”. E começa a dizer que os terroristas têm que botar a mão na consciência, coisa e tal.

Ao ouvir aquilo, os terroristas se entreolham. “Como sim nôs cometeu êrro?”, pergunta um deles com sotaque de turco-de-novela. Mohamed explica. Ou tenta explicar. “Por causa do nosso erros, o Lula disse que milhões de crianças inocentes morrerão. Milhões!”, diz. “Além disso, estamos infringindo as leis do Direito Internacional - sem falar no Regimento Interno do STF. Vocês sabem quantos anos de prisão o STF dá a terroristas no Brasil?”, insiste. E, sem esperar pela resposta, continua: “A gente atentou contra a dignidade humana, cara! Tem noção disso? Pior! Nós. Fomos. Antidemocráticos!”, desespera-se ao ouvir os cpxs engatilhando os fuzis. Se é que fuzil se engatilha.

Pena que a história do nosso Mohamed da Silva termine aqui. Não porque ele tenha sido fuzilado por seus parceiros nada dispostos a reconhecer o “erro” dos atos terroristas. E sim porque uma bomba bunker buster israelense pôs fim a seus planos de discursar na ONU e no Comitê Norueguês e na sede da ONG Redes da Maré, e contar que se arrependera de seus erros (erros!) depois de ouvir as belas palavras do grande estadista e humanista Lula. Garantindo, assim, o tão sonhado Nobel da Paz para o ex-presidiário.

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