A economia brasileira não está em seus melhores dias. Vemos sinais negativos que podem impactar o ambiente de investimentos nacional nos próximos meses e anos: desemprego elevado, inflação em patamares desconfortáveis, atividade econômica em níveis baixos por conta da pandemia, endividamento acima de 100% do PIB e o dólar acima de R$ 5. Não é um cenário fácil para os próximos anos.
Claro que tudo isso foi afetado pela pandemia e os efeitos do distanciamento social que a pandemia da Covid-19 impôs aos brasileiros (e ao mundo) e parte desses problemas devem se amenizar com a vacinação e a retomada da atividade econômica normalizada. Só que o ambiente político está cada vez mais conturbado por conta disso e está difícil a aprovação das reformas que o Brasil precisa para entrar nos trilhos e crescer de maneira sustentável. O caminho do país pode ser brilhante, como pode ser trágico.
Neste panorama, o investidor precisa buscar alternativas para conseguir bons retornos que lhe garantam um ganho real – afinal, com a inflação cada vez mais descontrolada, fica fácil ver seu dinheiro render menos do que os índices de aumento de preço. Por isso é importante uma carteira diversificada, que permita aproveitar cada momento do ciclo econômico.
Eu criei uma metodologia para construir carteiras anticrise, que atende pela sigla C.O.F.R.E.. Dentro dela, cada letra remete a uma classe de ativos que você deve ter em carteira, de modo a construir um portfólio bem equilibrado. O investidor que está começando pode colocar 20% de seus investimentos em cada um desses cinco pilares.
Quais são esses cinco pilares
Acompanha comigo: C de Caixa, O de Oportunidades, F de renda Fixa, R de Renda Variável e E de Exterior. Cada uma dessas classes de ativos desempenha um papel diferente na carteira. Nessa coluna, vou falar brevemente de cada uma delas – se você quiser entender mais, me segue no Instagram (@noradardodinheiro) e faça meu curso gratuito entre os dias 24 e 28 de maio (o link está na bio do IG).
A 1ª classe de ativos é o caixa, com os menores rendimentos, mas a maior liquidez – o que muita gente chama de reserva. É o dinheiro que você pode tirar a qualquer momento para cobrir emergências e outros problemas. Esse dinheiro você pode deixar em investimentos de alta liquidez, como CDBs diários ou Tesouro Selic (não vai deixar na poupança do banco, hein!).
O dinheiro em caixa também pode ser usado para a 2ª classe de ativos, as oportunidades. São aqueles investimentos em que você vai aportar dinheiro por mais tempo depois que eles aparecerem. De tempos em tempos, especialmente no Brasil, você vê uma janela de oportunidade para investir em uma classe de ativos que pode deslanchar nos anos seguintes. Aqui vale tudo, como fundos de Private Equity, Criptomoedas e Venture Capital.
A terceira letra, o “F”, nos remete à Renda Fixa, como CDBs, LCIs, LCAs, Debêntures, Tesouro Direto e outras tantas alternativas que existem neste mercado, em que os ganhos são extremamente previsíveis e possuem uma maior segurança. Com a alta dos juros para segurar a inflação, a RF passa a ser uma alternativa cada vez melhor para o investidor, reduzindo o risco da carteira.
Já a próxima classe de ativos é a Renda Variável, na qual você pode obter retornos elevados com riscos também maiores. São ações das melhores empresas listadas na B3, a nossa bolsa de valores. Mas tenha em mente que isso é um investimento de longo prazo, não é para vender a ação logo depois de comprar (o nome disso é especulação!).
E, por fim, a letra “E”, de exterior. Com o cenário que vivemos hoje, essa classe de ativos é a rainha da carteira. É importantíssimo ter parte do seu dinheiro em moeda estrangeira e você tem várias formas de fazê-lo: pode investir em fundos que investem no exterior, ou comprar BDRs e ETFs na B3. Com um clique, você compra algumas das melhores empresas americanas, europeias ou chinesas diretamente do conforto da sua casa, sem ter que abrir conta fora do país. E, assim, completa a diversificação para ficar protegido da crise.
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