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Roger Pereira

Roger Pereira

A política do Paraná em primeiro plano

Fim do recesso

Sessão relâmpago abre o ano da Alep; eleições prometem movimentar a Casa

Governador Ratinho Junior ao lado de deputados e outras autoridades na abertura dos trabalhos da Assembleia. (Foto: Dálie Felberg/Alep)

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Durou menos de meia hora a primeira sessão da Assembleia Legislativa do Paraná em 2022, nesta quarta-feira (2). Sem pauta a ser debatida, a sessão de instalação dos trabalhos contou, apenas, com a leitura da “Mensagem do Governador”, com Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) indo à tribuna da Casa para fazer a prestação de contas relativa ao ano passado e apresentar seu plano para 2022. Na ocasião, o governador aproveitou para apresentar números positivos de seu governo e elencar as principais obras e programas realizados.

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Ratinho Junior afirmou que o Paraná conseguiu superar dois desafios intensos e simultâneos: “a maior crise hídrica da história do estado e a pandemia mais grave do mundo nos últimos 100 anos”. O governador citou, ainda, programas como o Paraná Solidário, o Cartão Comida Boa, mas disse que a grande vitória de 2021 foi o encerramento dos contratos de pedágio. “Celebramos o fim de uma novela trágica, mentirosa e de corrupção. Aqueles contratos mal feitos darão lugar a um novo modelo, moderno, justo e transparente, com grande contribuição dos deputados estaduais, que enriqueceram o debate sobre a modelagem de pedágio”.

Os deputados estaduais voltam a se reunir somente na próxima segunda-feira (7), já com pauta a ser discutida e votada. E a curta duração de sessão desta quarta-feira não deve se repetir. Em ano eleitoral, a tribuna da Assembleia deverá ser frequentada com bastante regularidade pelos parlamentares em busca de visibilidade. As eleições de outubro também devem marcar os debates, as articulações de bastidores e, até a pauta de votações da Casa.

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Os trabalhos já começam com uma novidade em razão das eleições de outubro: a volta do deputado Guto Silva (PSD) à Casa. Ele deixou seu cargo de secretário chefe da Casa Civil para voltar à Assembleia e dedicar-se à construção de sua pré-candidatura ao Senado. Até 2 de abril, todos os deputados eleitos que se licenciaram do cargo para exercer função no Executivo e quiserem disputar as eleições de outubro precisam se desincompatibilizar, devendo, assim, voltar à Assembleia: casos de Marcel Micheletto (PL) e Marcio Nunes (PSD). No eventual retorno deles ao Legislativo, coincidentemente, deixam a Assembleia o líder do governo, Hussein Bakri (PSD) e o vice-líder, Gugu Bueno (PL).

No mês de março ainda haverá a janela partidária: período em que a legislação eleitoral permite que parlamentares troquem de partido sem correrem o risco de perda de mandato. E a movimentação deverá ser grande no Legislativo estadual. As recentes trocas de comando em alguns partidos, a criação de um novo partido (o União Brasil) e a construção de alianças e federações partidárias visando ao pleito de outubro devem provocar uma grande mudança no quadro partidário durante a janela.

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