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Roger Pereira

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A política do Paraná em primeiro plano

Curitiba

Sabino Picolo e Tico Kuzma ensaiam disputa acirrada pelo comando da Câmara

Sabino Picolo (DEM), presidente da Câmara Municipal de Curitiba, está com Covid-19.
Sabino Picolo (DEM), presidente da Câmara Municipal de Curitiba entre 2019 e 2020. (Foto: Divulgação/CMC)

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Marcada para o próximo sábado (02 de janeiro) a eleição para a presidência da Câmara Municipal de Curitiba promete ser uma das mais acirradas deste século. Presidente da Casa nos últimos dois anos, Sabino Picolo (DEM) é novamente candidato valendo-se do entendimento da Constituição e do Regimento Interno da Casa de que, como se trata de uma nova legislatura, com novos vereadores, não configuraria uma reeleição, o que é vedado desde a reforma do Regimento após o afastamento de João Cláudio Derosso, que presidiu a Câmara por oito mandatos.

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Um grupo de vereadores contrários a esta reeleição, no entanto, vem angariando o apoio dos vereadores eleitos para primeiro mandato para tentar desbancar Sabino e o nome de Tico Kuzma (Pros) ganha força como alternativa deste bloco.

A eleição para a presidência da Câmara de Curitiba é feita de forma indireta. Após a posse dos novos vereadores, no dia 1º e antes da sessão para a formação da Mesa, no dia 2, são formados blocos partidários para a indicação dos nomes à Mesa. Ao maior bloco, cabe a indicação do presidente da Casa. Um vereador que participa diretamente da discussão sobre à formação desta Mesa revelou à coluna que Sabino Picolo teria o compromisso dos partidos de 19 vereadores que adeririam a seu bloco, exatamente metade dos 38 vereadores da Câmara. Se não conseguir o apoio de mais nenhum partido, os outros 19 parlamentares poderiam formar um segundo bloco (de apoio a Kuzma) e haveria um inédito empate na história do Legislativo Municipal.

A possibilidade de formação de mais de um bloco partidário com o mesmo número de vereadores não está prevista no Regimento Interno da Casa, mas vereadores consultados pela coluna interpretam que, neste caso, os dois blocos indicariam seus nomes à presidência e eles seriam submetidos a votação nominal. Aí, qualquer vereador poderia votar em qualquer candidato, independente do bloco do qual seu partido faz parte. E os articuladores da Câmara já mapeiam possíveis desertores.

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