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Roger Pereira

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A política do Paraná em primeiro plano

Eleições 2022

Quem quer ser governador? Jogo político deixa poucos medalhões no páreo

Ratinho Junior
Ratinho Junior comemorando resultado das eleições de 2018 (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

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Enquanto o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e seus articuladores políticos passaram 2021 construindo uma ampla aliança visando as eleições de outubro do próximo ano, o campo da oposição patinou e o ano eleitoral começa com apenas dois nomes como pré-candidatos declarados ao Governo do Estado: o próprio Ratinho Junior e o ex-governador Roberto Requião, que, no entanto, ainda procura um partido para viabilizar sua candidatura.

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Fora do MDB desde que perdeu a convenção partidária para o deputado estadual Anibeli Neto, Requião conversa com PT, PSOL, PDT e PSB (embora a bancada estadual do partido rechace essa possibilidade) e tende a ser o candidato único dos partidos de centro-esquerda na eleição de outubro. Na expectativa da decisão de Requião, o PT, por exemplo, que sempre lança candidato, não vem trabalhando nenhum nome para a disputa do Palácio Iguaçu. A sigla conta que o ex-governador poderá oferecer um palanque mais interessante ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estado.

Do lado da direita e centro-direita, ninguém parece querer desafiar Ratinho Junior, a ponto de o governador já ter aliança com vários partidos verbalizadas para outubro, até mesmo com o PP da ex-governadora Cida Borghetti, sua principal adversária em 2018.

O que pode alterar esse cenário é a construção de palanques visando a eleição nacional e a disputa pela vaga de senador. Apoiam Ratinho Junior, hoje, o PL e outros partidos ligados ao presidente Jair Bolsonaro, assim como o Podemos e outros partidos que pretendem caminhar com Sergio Moro na eleição presidencial (principalmente os diretórios paranaenses). E todos querem uma posição na chapa majoritária, tendo a candidatura ao Senado como a vaga mais cobiçada. O PSD do governador tem um pré-candidato próprio ao Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mas a viabilidade de sua candidatura ainda é discutida.

Enquanto aguardam a definição do quadro nacional e um posicionamento do governador sobre qual candidato a presidente apoiará, esses partidos trabalham, nos bastidores, uma candidatura que garanta o palanque nacional e sustente um candidato próprio ao Senado. É o caso do Podemos, que, além da candidatura de Moro ao Planalto, quer a reeleição de Alvaro Dias ao Senado. O partido diz que estará com Ratinho Junior se houver o compromisso com essas duas candidaturas, mas já há a tese interna de que é preciso um candidato próprio ao governo para garantir o palanque: o ex-prefeito de Guarapuava e presidente estadual do partido, Cesar Silvestri Filho, poderia ser esse eventual candidato.

Entre os apoiadores do presidente Bolsonaro, há a mesma cautela. Enquanto a principal aposta é de uma caminhada junto com o governador, há quem já estude nomes que possam sustentar o palanque do presidente e uma candidatura ao Senado, caso a aliança não se confirme. O próprio PL poderia lançar um candidato, ou o PP, com os irmãos Ricardo Barros ou Silvio Barros indo para a disputa. Mas a prioridade, frisa o presidente estadual do PL, Fernando Giacobo, “é caminhar com Ratinho”.

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