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O secretário de Estado da Educação do Paraná, Renato Feder, participou, nesta segunda-feira, de reunião da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Paraná. Feder foi cobrado pela maioria dos deputados sobre a retomada das aulas presenciais na rede pública. O secretário, no entanto, manteve a posição do governo do estado de condicionar a volta às aulas à vacinação dos profissionais de educação e não estabeleceu um prazo para que isso ocorra, dizendo não ter controle sobre os cronogramas de vacinação.
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“A maioria dos deputados que participou da reunião pediu o retorno imediato das aulas. O secretário, então, nos perguntou qual era a posição dos perfeitos que representávamos e relatamos a ele que os prefeitos estão em silêncio, aguardando uma posição do governo, não querem assumir o compromisso e o risco, e estão preocupados com as parcerias”, relatou o deputado Galo (Podemos). “A sensação que ficou é de que o secretário também está em dúvida, mas, ao menos por enquanto, permanece a posição oficial de que as aulas só voltam depois da vacinação dos professores, que é a posição que eu defendo”, acrescentou
As aulas presenciais seriam retomadas em 1º de março, no estado, após a aprovação de lei que tornou educação atividade essencial. No dia 26 de fevereiro, no entanto, com o agravamento da pandemia, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) assinou o decreto mais rígido que o Paraná enfrentou até agora, com o fechamento de diversas atividades e toque de recolher, suspendendo, também as atividades educacionais. Mesmo depois de vencido o decreto, o governador segurou o retorno das aulas, anunciando que só o faria após a vacinação dos professores e demais funcionários.
Pelo cronograma do Programa Estadual de Vacinação, a imunização dos professores ocorreria durante o mês de maio, sendo iniciada assim que concluída a vacinação da população idosa (com mais de 60 anos). A redução nos repasses de vacina pelo governo federal, no entanto, deve atrasar a programação, uma vez que a previsão da Secretaria de Estado da Saúde era vacinar todos os idosos até a próxima sexta-feira (30). “O secretário de Educação deixou claro que a vacinação não é com ele, que depende da Secretaria de Saúde. E, na realidade, dependemos do planejamento do governo federal. Sem informações convincentes de Brasília, o secretário não arriscou indicar um prazo”, relatou Galo.
Sem prazo para o retorno das atividades presenciais (suspensas há mais de um ano), boa parte da reunião foi dedicada à apresentação de números referentes ao ensino remoto no estado. Feder apresentou os relatórios das participações nas aulas online e mostrou que após apostar nas aulas transmitidas pela televisão no ano passado, iguais para todos os alunos da mesma série, a secretaria focou o ensino remoto deste ano em salas de aula virtuais com cada turma com seu professor, o que, segundo ele, se mostrou mais efetivo no aprendizado.
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