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Enquanto o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, declarou que as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nos atos de 7 de setembro, afastam ainda mais sua legenda do governo e anunciou a criação de uma comissão interna para acompanhar a crise política e avaliar a possibilidade de impeachment do presidente, havia deputado federal do PSD participando das manifestações em defesa de Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Reinhold Stephanes Junior participou da manifestação de terça-feira no Centro Cívico de Curitiba. Subiu ao carro de som e fez um discurso afirmando que quem está atrapalhando o país é o ministro do STF Alexandre de Moraes, com “decisões absurdas, fora da Constituição”, que “não deixam o presidente governar”.
Para Stephanes Junior, Kassab precipitou-se ao anunciar o afastamento do governo e a criação da comissão para avaliar o impeachment. “Tivemos reunião de bancada e a maioria dos 34 deputados federais do PSD segue na base do governo. Não fui só eu, muitos estiveram nos atos de ontem, por todo o país. Acredito que o presidente Kassab se precipitou”, disse Stephanes. Para o deputado, no entanto, a manifestação do presidente da sigla não cria racha interno no partido. “Não há racha, é uma discussão que será feita internamente e, certamente, a posição da bancada do PSD será respeitada”, afirmou.
Um rompimento com o Governo Federal pode criar um quadro embaraçoso para o PSD do Paraná, partido que mais cresceu nas últimas eleições municipais, devido à força do governador Carlos Massa Ratinho Junior (um dos vice-presidentes da Executiva Nacional do partido). Além da proximidade de Ratinho Junior com o governo Bolsonaro, os três deputados federais do partido em exercício (Stephanes, Sargento Fahur e Vermelho) são bolsonaristas declarados.
